UWB conquista o Selo Doar: Certificação A+ reconhece organizações que trabalham com ética e transparência

A UWB conquistou, nesta semana, o Selo Doar, na categoria A+, a mais alta da certificação. A premiação, que existe há 10 anos, avalia os processos de gestão e transparência das organizações sem fins lucrativos de todo o país.

Para ser contemplada com o selo, a instituição é avaliada pelo Instituto Doar com base em 52 critérios que envolvem Causa e Estratégia, Governança, Contabilidade e Finanças, Gestão, Recursos Humanos, Estratégia de Financiamento, Comunicação, Prestação de Contas e Transparência. Para chegar à categoria A+, é necessário atingir ao menos 48 pontos.

A conquista do selo Doar A+ reflete a preocupação da UWB com sua governança e prestação de contas aos investidores e à sociedade em geral. Além de comunicar suas ações por meio das redes sociais e de relatórios anuais e semestrais, ainda divulga, anualmente, um balanço financeiro aprovado por auditoria externa.

Com esta premiação, a UWB reforça seu posicionamento de organização responsável, competente e comprometida em ser ponte entre as comunidades e a educação de crianças e jovens, integrando pessoas, empresas e organizações. Vamos juntos?

UWB reúne lideranças empresariais para debater avanços nas agendas 2030 e ESG

No último dia 27, a UWB realizou seu encontro anual, “Juntos pelas novas gerações”, na sede da P&G, em São Paulo. O evento reuniu cerca de 80 pessoas, entre lideranças empresariais, colaboradores das empresas associadas, convidados e o time da organização. Na primeira parte da programação, foram apresentados os resultados do trabalho coletivo da UWB e seus parceiros, em 2022, com o lançamento do Relatório de Atividades. No ano passado, 8.736famílias com filhas(os) na primeira infância e 10.974jovens foram beneficiados pelas iniciativas, envolvendo 764voluntários, 17 empresas parceiras e apoiadoras, totalizando mais de R$6 milhões investidos na potência das novas gerações.

Dados e evidências conduzem painel sobre contexto atual

“Empresas impactantes: como as parcerias podem alavancar a agenda ESG das empresas”, painel mediado pela CEO da UWB, Gabriella Bighetti, contou com a participação de Gabriela Rozman, Gerente Sênior de Capacity Building e parcerias do Pacto Global da ONU no Brasil; Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos; e Gabriel Guimarães, Consultor de Relações Públicas e Diretor de Clientes em Tecnologia e Informação da Edelman Brasil e América Latina.

Gabriel abriu o diálogo, compartilhando dados do estudo recém-lançado Edelman Trust Barometer 2023 sobre a confiança da sociedade nas instituições. “O tecido social está enfraquecido devido ao clima de polarização atual, consequência de diferentes fatores, como a desconfiançadesencadeada pela ansiedade econômica e onda de desinformação. Do total de entrevistados, 78% afirmaram que nosso país está mais dividido hoje do que no passado. Ao mesmo tempo, empresas e ONGs são as únicas instituições vistas como competentes e éticas pelos brasileiros. Isso significa que as lideranças empresariais têm fundamental papel para encontrar soluções aos desafios socioambientais”, ressaltou.

Para Caio, “é preciso que as empresas tragam para o chão a pauta ESG, lembrando que a realidade da Europa e dos EUA é diferente da brasileira. Estamos entre as dez nações no ranking da economia e entre as dez no das desigualdades. A questão não são recursos, porque eles existem. A UWB nos mostrou que tem expertise e faz essa articulação para atuar de forma coletiva, mas ela precisa de recursos para gerar o impacto social necessário. Também acredito que as empresas devam incidir sobre políticas públicas, fazendo alianças para acelerar processos da agenda política, porque ou a gente se senta na mesa ou a gente é o cardápio”.

Gabriela, em sua fala, reforçou que estamos distantes de cumprir a Agenda 2030, da ONU. “São necessárias metas claras e ambiciosas para que as empresas avancem. Existem as ferramentas, meios e caminhos para isso. Não temos respostas para tudo, mas podemos desenhá-las, só que é necessário tocar em algumas feridas profundas. A sociedade tem cobrado, a legislação está mais rígida. É o momento de sair da superficialidade para trabalhar a agenda de forma efetiva. Destaco a ODS 17, que justamente fala das parcerias. Ela é o fio condutor de todos os outros objetivos. É o momento de trazer o potencial de cada setor, de nos sentar à mesa e promover um diálogo para construir soluções coletivas.”

Sobre o que é preciso deixar de fazer hoje e o que é urgente começar a fazer amanhã, pergunta feita aos painelistas, para encerrar a conversa, Gabriela foi enfática: “Deixarmos de nos preocupar com o nosso pedaço e entender que fazemos parte de um sistema integrado, que somos seres sociais e precisamos pensar no nosso bem e no bem do outro”. Para Gabriel, “as empresas precisam deixar o medo de lado e assumir ações para apoiar o desenvolvimento das instituições sociais. Assumir que fazem parte do problema e podem contribuir com as soluções”. Para Caio, “é preciso deixar de naturalizar a violação dos direitos humanos e fazer a autoanálise sobre situações do dia a dia em que violamos esses direitos. Também precisamos descobrir o momento individual, em que lugar chegamos, perceber que o que a gente tem é suficiente para sermos felizes”.

Novo plano de fidelização quer engajar mais empresas à causa

Na última parte do evento, a UWB lançou um novo plano de parcerias para empresas, com categorias relacionadas aos valores doados à instituição, revertidos em impacto social na vida de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. A ideia é que mais corporações se sintam motivadas a fazer parte dessa grande rede que investe na potência das novas gerações, podendo comunicar aos seus públicos e stakeholders a sua adesão. Qualquer corporação que queira se tornar uma empresa potente, pode acessar o plano, clicando aqui.  

Para marcar e reconhecer a importância do papel das companhias nas transformações sociais necessárias, um representante de cada empresa associada recebeu um certificado. Em seguida, os colaboradores voluntários das corporações foram homenageados por atuarem em diferentes iniciativas da UWB que promovem oportunidades de desenvolvimento para a primeira infância e as juventudes brasileiras.

Os participantes do evento foram contemplados com duas apresentações, no início e no encerramento do encontro, realizadas pela 1ª Companhia Preta de Teatro Musical do Brasil (CIABTM), um coletivo “artivista”, criado por Francisco Ribeiro, para ampliar horizontes, por meio de espetáculos musicais antirracistas, que trazem a cultura e as tradições africanas para o palco. A companhia também desenvolve projetos de arte-educação para formar jovens pretos artistas a ativistas das periferias.  Clique aqui e saiba mais.

Agora a United Way Brasil é UWB, que investe na potência das novas gerações para enfrentar as desigualdades sociais

No dia 28 de abril, diferentes atores, que fazem a UWB acontecer, reuniram-se para celebrar os 21 anos da instituição no Brasil e conhecer o reposicionamento da organização para os próximos anos.

“A UWB é essa união. É uma organização que acredita em impacto positivo por meio do trabalho coletivo”. Com esta frase, Juliana Azevedo, até então presidente do Conselho Deliberativo da United Way Brasil, e presidente da P&G no País, abriu o evento comemorativo. 

O primeiro encontro presencial entre equipe, empresas parceiras e associadas, voluntários e conselheiros, depois de dois anos marcados pelo distanciamento social, celebrou, também, uma nova etapa em que a United Way Brasil, com o objetivo de se aproximar ainda mais de diferentes públicos, passa a ser conhecida como UWB. “Vamos apostar com muita força na colaboração, na experimentação e em mudanças sistêmicas em rede para gerar impacto sustentável”, reforçou Juliana.  

A renovação desse compromisso tem razão de ser, afinal, o Brasil na pandemia tinha cerca de 17,7 milhões de cidadãos que voltaram à condição de pobreza, só entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021. No total, são 27,2 milhões de pessoas nessa condição, o que corresponde a 12,8% da população.

Luciene Lopes Sanfilippo, Vice-presidente de RH e Comunicação da Lear América do Sul, que no evento foi empossada como a nova presidente do Conselho Deliberativo, no lugar de Juliana, compartilhou os caminhos para os próximos anos da instituição. “

“Falando um pouco mais sobre o novo posicionamento que assumimos, podemos resumir o que fazemos em três palavras: Estuda, Faz e Conecta. A UWB estuda e apoia pesquisas para entender a realidade que precisamos transformar, faz ações embasadas em evidências para enfrentar os desafios mapeados e conecta as pessoas e instituições para alcançar as ações que impactem amplamente nossos públicos-alvo, ou seja, crianças e jovens”.


Nossa missão: investir na potência das novas gerações para mitigar desigualdades

Para enfrentar problemas complexos, que afetam o desenvolvimento integral de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, são necessárias soluções inovadoras e inclusivas, a partir de novos arranjos coletivos que envolvam os diferentes setores sociais.

Na segunda parte do evento, conduzida por Fabio Oliveira, Gerente de Comunicação da Eli Lilly, Tony Marlon, comunicador social, Nina Silva, cofundadora do movimento Black Money, e Mariana Luz, presidente da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, também conselheiros da UWB, compartilharam suas visões sobre o que é preciso priorizar para que possamos, de fato, investir na potência das novas gerações nestes tempos difíceis.  

“As desigualdades não foram criadas pela pandemia. Elas são acumulativas e precisamos priorizar uma gestão de urgências, uma linha de apoio, porque o pior é sempre o que está por vir. Temos de pensar em um projeto de futuro, mas para isso é necessário ver o que já está acontecendo, as soluções pensadas pelos coletivos, que precisam de escala para trazerem resultados de médio e longo prazo”, afirmou Tony Marlon, mostrando às empresas e instituições que há muitas possibilidades em curso, mas que precisam de investimento para ampliar a abrangência e o impacto.

Nina Silva, ativista da causa antirracista, salientou que não só as desigualdades são acumulativas, mas seus efeitos também e recaem, sobretudo, na população negra.

“É importante lembrar que 75% dos 10% de pessoas mais pobres do País são negras. Temos o costume de falar dos efeitos e não das causas. O Brasil é estruturado sobre um sistema de privilégios que mantém a periferia onde ela está”.

“O assassinato de George Floyd, nos EUA, mobilizou as pessoas aqui, que estavam em casa, isoladas, sem ter muito o que fazer. Mas é importante ressaltar que, no Brasil, a cada 23 minutos, um jovem negro é morto. O maior índice de evasão escolar está entre homens negros, ou seja, a base socioeconômica do País tem cor. Precisamos falar de segurança pública, do direito de existir com segurança, para além da educação, do saneamento. Temos de falar de inclusão e desenvolvimento produtivo. Temos de construir um sistema básico de seguridade de vida, a partir de processos colaborativos e comunitários”, opinou Nina.

Mariana Luz reforçou que a primeira infância é a mãe de todas as causas, por isso, é essencial um olhar diferenciado para a fase da vida humana em que o cérebro faz um milhão de conexões por segundo.

“A primeira infância é uma janela de oportunidades e apoiar a criança para que possa se desenvolver integralmente não é papel só dos pais e responsáveis. Está na Constituição que todos, como sociedade, temos de zelar por nossas crianças. Se entramos nesse espírito coletivo, conseguimos mudar as coisas. Os bebês nascem iguais, mas se eles não têm as mesmas oportunidades, a largada já é desigual.”

“A primeira infância deve ser prioridade, especialmente nas populações mais vulneráveis. Como sociedade, temos de alavancar as ações do poder público. As empresas precisam dar aos seus colaboradores benefícios que os apoiem para que as transformações comecem nessas famílias e sejam sistêmicas”, continuou.

O evento dos 21 anos da UWB aconteceu na sede da empresa associada Eli Lilly, que cedeu seu espaço. Após a celebração, os Conselheiros se reuniram para a Assembleia Geral Ordinária para formalizar a mudança na presidência do Conselho Consultivo e eleger o novo Conselho Fiscal, cujo mandato será encerrado em maio.

Implementação do Crescer Aprendendo avança no Ceará

Programa de primeira infância tem como foco o apoio e o trabalho pela mudança de comportamento das famílias envolvidas. O modelo de transferência da metodologia envolve as redes municipais de educação, para que a implementação aconteça nas creches e escolas de educação infantil e de primeiro ano do ensino fundamental.

A United Way Brasil foi convidada a fazer parte de uma coalização entre diversas organizações e o Governo do Ceará para promover ações de primeira infância no Estado. Por meio de seu programa Crescer Aprendendo, famílias e cuidadores têm acesso a conteúdos e práticas que visam fortalecer vínculos e contribuir ao pleno desenvolvimento de crianças de 0 a 6 anos.

Essa solução social já tem nove anos de aplicabilidade em diferentes cidades do País e agora entra na fase da transferência da metodologia para as redes de ensino de municípios do Ceará. No Estado, a implementação do programa começou em Crato e, cada vez mais customizado à realidade cultural cearense, alcançou mais outras oito cidades (Sobral, Juazeiro do Norte, Chaval, Paramoti, Salitre, Itatira, Granja e Viçosa).

Inicialmente estruturado para ser presencial, com apoio de ferramentas digitais, o programa acabou sendo redesenhado para a versão 100% digital durante a pandemia. No entanto, a expectativa é de que, no médio prazo e com a situação normalizada, volte ao seu formato original, promovendo as interações das famílias no espaço da escola, com a orientação dos profissionais da educação, e reforço de conteúdos e trocas por meio do WhatsApp.

Metas e métodos

O programa, no Ceará, tinha como meta beneficiar 3.800 famílias em 2021. Em pouco mais de seis meses, esses números foram superados e já são mais de 4,2 mil famílias que aderiram e recebem, via WhatsApp, informações, dicas e orientações qualificadas sobre os cuidados com a criança pequena, por meio de vídeos, cards, áudios, textos e interações e lives com especialistas.

A metodologia tem como objetivo fomentar mudanças reais de comportamento para que a parentalidade seja responsiva e positiva, combatendo todo o tipo de negligência contra as crianças. 

Os temas estão relacionados aos marcos do desenvolvimento infantil, mas, também, focam no bem-estar de quem cuida, ou seja, abordam as questões emocionais de pais e responsáveis, aspectos que interferem na estrutura familiar e que tomaram novas proporções diante da crise instalada pela Covid-19.

Para que a transferência da metodologia do programa aconteça com o sucesso esperado, apostou-se na promoção do amplo diálogo com a Secretaria Estadual de Educação, as Coordenações Regionais de Educação e as Secretarias Municipais de Educação. As escolas, cenários da interlocução com as famílias, mantêm a mediação prevista na metodologia. Mas a interação não para por aí: o programa gera demandas nos grupos das famílias que são endereçadas a outras instâncias da gestão municipal. Um exemplo desse trabalho intersetorial foi o de uma avó participante. Ela estava com depressão e procurou a escola pelo WhatsApp. A escola, por sua vez, acionou a psicóloga do programa, que encaminhou a demanda à rede de apoio do município.

Formações e customização de material pedagógico

A transferência da prática do programa é dinâmica, já que o Crescer Aprendendo, nos moldes atuais e focado na realidade regional, vem sendo construído e testado no dia a dia a partir de uma base metodológica consagrada e reconhecida pela sua eficiência e por resultados robustos.

Professores e gestores das redes municipais das nove cidades, envolvidos com a educação infantil, receberam capacitação inicial e online de 15 horas para se apropriarem do método. O protagonismo da educação do Estado confere ao programa a indicação de pontos focais nos entes relacionados à educação estadual e do município, interlocutores na gestão do programa com a United Way Brasil. As escolas realizam a gestão dos atuais 92 grupos no WhatsApp, compartilhando os conteúdos disponibilizados pelo programa, interagindo com pais e responsáveis e monitorando os resultados, captados pelas conversas e demandas que surgem entre os participantes. Situações mais complexas são discutidas com a equipe da United Way Brasil e a psicóloga do programa.

Para atender a realidade das famílias, o programa contratou uma consultoria, formada por psicóloga e enfermeira locais e pedagoga com experiência no tema, para analisar e adaptar o material de formação de professores e gestores das escolas e secretarias. Chamado de linha-guia, o material pedagógico traz a cultura, a linguagem e a realidade social regional para os temas de primeira infância, o que favorece uma escuta e um diálogo adequados com as famílias.

Também foi elaborado um sistema de monitoramento. “Fazemos um acompanhamento semanal com base nos registros realizados pelos pontos focais e com instrumentos que alimentam um dashboard do programa para analisar, no dia a dia, situações que podem ser ajustadas ou fortalecidas”, explicou Naiara Martins, analista da equipe do Crescer Aprendendo. 

O programa está se estruturando para influir e fortalecer políticas públicas que tragam benefícios às crianças e possam contribuir cada vez mais com pais e responsáveis para que fortalecem o seu papel no desenvolvimento integral de seus filhos e filhas.

– Conheça o programa Crescer Aprendendo: https://uwb.org.br/o-que-fazemos/nossos-programas/crescer-aprendendo/
– Navegue na plataforma Crescer Aprendendo Digital, uma curadoria de conteúdos relacionados aos primeiros anos de vida:  https://uwb.org.br/crescer-aprendendo-digital/
– Invista na primeira infância, levando essa causa para a sua empresa. Acesse este guia e saiba como: https://empresaseprimeirainfancia.com.br/

United Way Brasil e Goyn promovem ações para a inclusão produtiva jovem

As coalizões GOYN SP (Global Opportunity Youth Network São Paulo), 1MiO (Um Milhão de Oportunidades), Pacto Coletivo pelos Jovens e Jovens do Brasil se uniram com o mesmo objetivo para lançar duas iniciativas em prol das juventudes.

Em 20 de julho realizam o evento conjunto “Inclusão produtiva dos jovens: o papel das empresas para transformar uma geração”, que lança o estudo “Boas práticas na inclusão de jovens” e uma comunidade no LinkedIn para troca de experiências entre empresas sobre o tema. As duas iniciativas protagonizadas pelas organizações parceiras pretendem oferecer insumos para que empresas possam compartilhar suas experiências e aprendizados na inclusão produtiva de jovens, estimulando novas empresas a aderirem à prática.

Acompanhe o evento a partir das 9h30
LinkedIn – https://www.linkedin.com/events/liveinclus-oprodutivajovem6820381232300404739/
Facebook – https://www.facebook.com/events/178927277549501/
YouTube – https://youtu.be/oyEEGQ9PqVg

Lançamento do estudo

Com o objetivo de sensibilizar e apoiar as empresas na inclusão produtiva de jovens, o estudo “Boas práticas na inclusão de jovens” sistematiza e apresenta os principais aprendizados e recomendações para empresas que queiram investir nos jovens. A iniciativa acontece em um momento onde 27,1% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos estão desempregados, de acordo com dados divulgados pelo Atlas das Juventudes e Instituto Veredas.

Essa é a maior geração de jovens da história brasileira e a tendência é que nos próximos 40 anos ela se reduza à metade, portanto, promover oportunidades de educação de qualidade, formação profissional, inclusão digital e acesso ao mundo do trabalho é urgente para essa geração e não é um ato altruísta, é um investimento de médio e longo prazo no desenvolvimento do país. O Atlas das Juventudes também confirma que a inclusão dos jovens na educação ou no mercado de trabalho pode evitar prejuízos de até 1,5% do PIB dos países.

A organização do estudo é da Accenture e do GOYN SP (Global Opportunity Youth Network São Paulo), programa global articulado pela United Way Brasil com foco na geração de oportunidades de trabalhos decentes para as juventudes, e que tem em sua rede mais de 80 organizações. O programa GOYN teve início em São Paulo em 2020 e tem o objetivo de melhorar o patamar de renda de 100 mil jovens até 2030.

O estudo “Boas práticas na inclusão de jovens” se apresenta como um guia prático no desenho da Jornada da Inclusão Produtiva em uma empresa, por meio de 4 fases: formação (capacitação do jovem), planejamento (definição de estratégia e fomento), recrutamento (ações de recrutamento) e trabalho (vivência profissional). Cada momento é dividido em 3 etapas descritas em: o que pode ser feito, quem pode ajudar, recomendações e pontos de atenção.

“Esse documento é apenas o começo. Uma empresa que deseja empregar jovens deve, como primeiro passo, entender esse ecossistema e formar parcerias que fortaleçam sua iniciativa. Talvez o maior aprendizado deste estudo esteja em pensar a inclusão produtiva não como uma atividade isolada do empregador e sim como uma ação conjunta que se fortalece com as atividades existentes do terceiro setor e poder público e a partir disso gera as oportunidades de trabalho”, diz Gabriella Bighetti, diretora executiva da United Way Brasil, entidade articuladora do GOYN SP.

Cases de sucesso podem ser replicados em empresas

O documento apresenta também 5 práticas de destaques de programas realizados nas empresas Itaú, Coca-Cola Brasil, Funcional Health Tech, PwC e Magazine Luiza. As práticas selecionadas são exemplos de como executar algumas das recomendações presentes na Jornada.

O Banco Itaú vai além das cotas obrigatórias e promove inclusão de jovens através de programas de jovens aprendizes, estágio, trainee e vagas de perfil júnior. O programa de jovens aprendizes tem registro desde 2012 e alcançou a marca de 17 mil jovens impactados, com um média de 1.500 jovens ao ano. O número de aprendizes efetivados é de 4.490 jovens encarreirados. O programa de estágio começou em 2000 e já impactou 45.618 jovens, dos quais foram efetivados 24.824. Nos últimos 3 anos a média de estagiário por ano é de 4.738 jovens. A taxa de efetivação é de 40% para o programa de jovem aprendiz e 65% para o programa de estágio.

A PwC faz inclusão de jovens por meio do programa de jovens aprendizes desde 2006. Em 2016 o programa passou por uma reestruturação que teve como objetivo final o impacto social e inclusão de jovens em contexto de vulnerabilidade, totalizando 570 jovens no período de 2016 a 2021. Em 2020, 81% dos aprendizes foram efetivados.

A Coca-Cola Brasil possui um programa de jovens aprendizes e estágios, criados em 2016, com 60 jovens impactados em 2021. Todos estes jovens provêm do programa Coletivo Jovem, iniciativa de empregabilidade do Instituto Coca-Cola Brasil que oferece formação, apoia na candidatura às vagas e, durante o recrutamento, oferece a infraestrutura para quem precisa.

Para a empresa de tecnologia Funcional Health Tech, investir na parceria com instituições de ensino do terceiro setor foi a oportunidade de reforçar os valores e a cultura organizacional e, consequentemente, contratar profissionais que estão ingressando no mercado de trabalho. Este é o primeiro ano do programa, que conta com a contratação de 10 jovens para os cargos de entrada e previsão de mais 7 vagas até o final de 2021.

O Magazine Luiza conta com uma cultura empresarial inclusiva que estimula os estudos com bolsa auxílio e um programa de aprendizagem com taxa de efetivação de 72% nas áreas corporativas. A empresa faz inclusão de jovens através do programa de jovens aprendizes, estágio e trainee. O programa de Jovem Aprendiz atualmente conta com aproximadamente 1670 jovens. No último ano, 450 jovens que tiveram seus contratos encerrados no período foram efetivados e mais 370 foram admitidos no programa.

Outro programa do Magalu com foco em jovens talentos é o Programa Trainee, que gera oportunidade para jovens recém formados em universidades ou às vésperas da formatura. Em 2021, o programa teve 100% de suas vagas dedicadas a contratação de jovens negros. Ao término do programa todos têm oportunidade de assumirem posições em áreas estratégicas da companhia com cargo inicial de Analista Sênior e com forte projeção de carreira para posições de liderança.
União de movimentos pela inclusão

“Os jovens, hoje, mais do que nunca, são o ponto focal da nossa atuação. É buscando criar oportunidades e reduzir barreiras de acesso ao mercado de trabalho que criamos o movimento Pacto Coletivo Pelos Jovens, com o objetivo de convocar empresas e organizações para atuar em conjunto com foco na expansão de vagas de emprego para jovens, em oferecer mais oportunidades de desenvolvimento profissional e em estabelecer processos seletivos mais inclusivos”, conta Daniela Redondo, diretora executiva do Instituto Coca-Cola Brasil. “A trajetória rumo à inclusão produtiva de jovens-potências deve ser um esforço coletivo e intencional, em que todos nós precisamos refletir e estar atentos a vieses e estereótipos a fim de facilitar a criação de espaços para essas pessoas possam prosperar e que ciclos de pobreza sejam interrompidos”.

Além do estudo, será lançado no mesmo dia a Comunidade de Práticas, um espaço na rede social LinkedIn aberto para todas as empresas e profissionais interessados em trocar experiências, boas práticas e desafios sobre a inclusão produtiva jovem. “As empresas estão em níveis diferentes de maturidade na inclusão dos jovens e a troca entre elas é fundamental para potencializar essa agenda, visando não apenas a importância de ampliar o número de vagas para as juventudes, sobretudo os mais afetados pela falta de oportunidades, mas o olhar para a retirada de vieses nos processos seletivos, para o acolhimento, mentoria e desenvolvimento de carreira e o apoio nos casos de violências e violação de direitos”, destaca Gustavo Heidrich, oficial do UNICEF no Brasil para iniciativa Um Milhão de Oportunidades.

A Comunidade já nasce com a força de mais de 90 empresas que fazem parte da rede das iniciativas GOYN, 1MiO, Pacto Coletivos pelos Jovens e Jovens do Brasil e contará com fóruns, conteúdos formativos, apresentação de cases, artigos e histórias de vida.

“A chave para mudar a realidade das juventudes brasileiras e destravar o potencial dessa geração é a oportunidade. E isso não se resume a criação de vagas, vai muito além. Começa na criação de um programa que seja genuinamente inclusivo desde a seleção até a capacitação e progressão de carreira. Precisa ter uma preocupação real em valorizar o que novo esses jovens podem trazer para as organizações e não em enquadrá-los no perfil padrão das atuais referências pouco diversas que povoam grande parte das empresas. Esse é o favor que vemos na troca e evolução contínua de uma comunidade de boas práticas”, finaliza Fernanda Liveri, Coordenadora Geral do Movimento Jovens do Brasil.

Conselho Deliberativo da United Way Brasil tem novos membros empossados hoje

Na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária anual, a organização elegeu o novo conselho, garantindo mais diversidade e vozes para a tomada de decisões. Auditoria externa aprovou, sem ressalvas, números do balanço financeiro de 2020, reforçando a transparência da atuação da United Way Brasil.

Na manhã de 29 de abril, equipe gestora, empresas e instituições associadas à United Way Brasil se reuniram para realizar a Assembleia Ordinária e Extraordinária com o objetivo de eleger presidente, vice e novos membros do Conselho Deliberativo, aprovar as demonstrações financeiras do exercício de 2020 e conhecer o parecer da auditoria externa sobre o balanço financeiro.

Na primeira parte da reunião virtual, candidatos à eleição foram apresentados e aberta a votação. Para assumir a presidência do Conselho Deliberativo, nos próximos dois anos, elegeram Juliana de Azevedo (Presidente da P&G) e para a vice-presidência, Luciene Lopes Sanfilippo (vice-presidente de RH da Lear do Brasil). Passaram a também compor o conselho: Leonardo Framil (CEO Accenture), Marcelo Oromendia (presidente da 3M do Brasil), Nina Silva (fundadora do Movimento Black Money) e Tony Marlon (educador e comunicador social), garantindo mais diversidade à gestão, uma das premissas assumidas pela United Way Brasil para fortalecer a sua governança. 

Nos últimos dois anos, Orson Rhazes (vice-presidente da Ecolab) esteve à frente da presidência desse conselho e sua gestão impecável foi marcada pela equipe da organização por meio de uma homenagem durante o evento. O legado de Orson é essencial para a continuidade de um trabalho que, apesar das constantes crises locais e mundiais, tem avançado no objetivo de apoiar o desenvolvimento das novas gerações de brasileiros.

Clique aqui e conheça todos os membros de nosso Conselho Deliberativo. 

Excelência na prestação de contas 

Na segunda parte da reunião, foi compartilhado o relatório da TATTICA Auditores Independentes, com a análise das demonstrações contábeis da organização, denotando a transparência das informações que compõem todos os tópicos do balanço, aprovado pelos auditores na sua totalidade, sem qualquer ressalva. 

A prestação de contas da United Way Brasil, assim como a formação de um conselho diverso, reflete o trabalho totalmente focado na causa da infância e juventude para apoiar a construção de uma sociedade mais justa para todos. Trabalho este que, em 2021, completa 20 anos no País.

Neste link, acesse o Relatório de Atividades 2020, com descrição da atuação da organização, os resultados alcançados, as demonstrações contábeis e o parecer da auditoria: https://uwb.org.br/wp-content/uploads/2021/04/RA_ABRIL_2021-_.pdf 

Os 20 anos da United Way Brasil e o futuro de um grande legado

A United Way Brasil completa, este ano, duas décadas de atividades no País. Todo a bagagem construída até aqui nos conduz a uma nova etapa com um novo posicionamento institucional: queremos ser reconhecidos como uma organização que investe no desenvolvimento das novas gerações de forma colaborativa junto às empresas associadas para gerar impacto coletivo e mudanças sociais sistêmicas. 

Para tanto, todo o nosso empenho em 2021 se dará para o fortalecimento de um ecossistema que atue conjuntamente, mobilizando empresas e negócios para que assumam o seu papel nas transformações que temos de empreender. 

É essencial ressaltar que a pandemia gerada pela Covid-19 exigiu novos olhares e ações que demandaram aprendizados em um curto espaço de tempo para garantir que as operações das iniciativas pudessem ser preservadas, apesar de toda a crise sanitária que enfrentamos e que ainda persiste, ampliando as desigualdades sociais, com graves consequências à primeira infância e juventudes, nossos públicos-alvo.

A expertise da United Way Brasil foi determinante para enfrentar os desafios de 2020 e indicar a trajetória que queremos empreender a partir de agora. Nosso DNA reúne características que não só ajudaram a fortalecer projetos e programas no auge da crise como os levaram muito além, ganhando escala.

Devemos esse avanço à capacidade de conectar empresas à sociedade, por meio de causas essenciais ao bem-estar coletivo.  Ou seja, não atuamos sozinhos e o trabalho em rede é o nosso principal pilar. Por isso, para 2021, vamos dedicar grande parte de nossos esforços para comunicar a importância do Segundo Setor na solução de questões que afetam o desenvolvimento social do País. Para tanto, estaremos ao lado das empresas, oferecendo apoio e consultoria, a fim de que possam definir os aspectos ambientais, sociais e de governança para favorece a sustentabilidade de suas marcas, seguindo a pauta ESG investing (Environmental, Social and Governance).

Objetivos para 2021

Certos de nossa missão, conhecedores de nossos limites e nossas capacidades, vamos aportar diferentes recursos para ampliar a abrangência dos nossos programas de primeira infância e juventude.

Essa ampliação não se limita aos públicos-alvo das iniciativas. Por meio de uma estratégia estruturada, queremos mobilizar mais empresas para que passem a também fazer parte dessa rede colaborativa. Também está em nosso escopo intensificar nossa influência, com base em conhecimentos e práticas bem-sucedidas, sobre políticas públicas voltadas às populações que atendemos.

Para a primeira infância, vamos nos dedicar a atender mais famílias e levar a experiência digital do programa Crescer Aprendendo a outras partes do País, inclusive com o objetivo de transferir essa solução social para municípios e estados interessados. Nas regiões em que o controle pandêmico seja seguro, a atuação do programa poderá se dar de forma híbrida, ou seja, com encontros presenciais e formações virtual das famílias.

Para as  juventudes, temos como meta atender mais jovens de São Paulo e Recife, fazendo o recorte de vulnerabilidade e raça. Por meio do programa Competências para a Vida, iremos apoiar a juventude negra e das periferias na construção de um projeto de vida que contemple seus sonhos e possibilite uma carreira profissional bem-sucedida. Esse trabalho terá suporte de uma rede de mentores voluntários, formada pelos colaboradores de nossas empresas parceiras.

A iniciativa pretende mitigar os problemas causados pela crise sanitária, como o aumento da evasão escolar e do desemprego entre os jovens, especialmente os mais vulneráveis. Daremos ênfase a oportunidades de formação e trabalho para negros e negras nas carreiras digitais, em que há vagas disponíveis, mas falta de mão de obra especializada para preenchê-las. 

Ainda com relação à juventude, somos o parceiro articulador do Aspen Institute, idealizador da iniciativa global GOYN. Em São Paulo, lançamos mão da nossa capacidade de reunir e organizar diferentes atores para construir coletivamente soluções voltadas à inclusão produtiva dos jovens das periferias. Contamos com a participação de mais de 80 empresas, instituições e pessoas e, em 2021, vamos, conjuntamente, implementar protótipos e prospectar parceiros e jovens para concretizá-los nos territórios. Nossa meta, até 2030, é apoiar 100 mil jovens da cidade para que ocupem postos de trabalho dignos ou empreendam o próprio negócio.

Um trabalho integrado e intersetorial

Outro “pulo do gato” de nosso planejamento em 2021 é atuar de forma interprogramática, ou seja, as iniciativas de um programa podem envolver os demais, por meio de ações, estratégias comuns, campanhas e diálogos para fortalecer objetivos e alcançar metas. Vamos sair das “caixinhas” e derrubar muros. Essa mesma lógica pretende envolver empresas parceiras e aquelas que passarão a nos apoiar este ano, seja por meio do programa de Voluntariado Corporativo, seja por meio de oportunidades intersetoriais para ampliar nosso impacto e abrangência. Dessa forma, também iremos ajudar as corporações a qualificar sua atuação social em favor das novas gerações. 

Só assim conseguiremos avançar no desejo de uma sociedade mais inclusiva, que semeie a justiça e a equidade desde as primeiras fases da existência humana. Mas, para isso, precisamos ampliar a rede, contar com mentes e corações que pensem como nós e acreditem na nossa capacidade de influenciar e transformar realidades coletivamente. É dessa maneira que queremos celebrar os 20 anos da United Way Brasil: com você e sua empresa ao nosso lado! Vamos juntos?