No 1º Café GOYN SP de 2022, engajamento é a palavra-chave!

Cerca de 45 pessoas de 24 organizações marcaram presença no 1º Café GOYN SP de 2022, quando foi apresentado o plano estratégico para o ano. O objetivo, além de compartilhar as ações pensadas para promover a inclusão produtiva de 100 mil jovens-potência da cidade de São Paulo, até 2030, foi engajar novas instituições e ampliar o impacto das iniciativas.


Mas, antes de começar os diálogos, os participantes expressaram, por meio de uma palavra, o que esse momento, do Café GOYN, tem a celebrar:

Evolução, conexões, vida, felicidade, saúde, resiliência, trocas, esperança, presença, potência, consciência, colaboração, apoio, resistência, inspiração, recomeço, oportunidade, empatia, juventudes, aprendizado, mudança, educação, parceria, compartilhamento, fazer junto.

Diante de uma realidade complexa desenhada pela pandemia e pelo momento histórico do país, tais palavras refletem o propósito compartilhado de gerar mudanças sistêmicas e sustentáveis para que as juventudes periféricas conquistem seus espaços sociais e profissionais.


PLANO ESTRATÉGICO PARA 2022

A atuação do GOYN SP para gerar inclusão produtiva de 10 mil jovens, a cada ano (100 mil até 2030), está pautada nas oportunidades reais de profissões de futuro, ou seja, aquelas cuja demanda tende a crescer e que estão relacionadas à vocação e às aspirações das juventudes periféricas, nas áreas das economias digital, criativa e verde. As duas últimas terão especial atenção da rede colaborativa do GOYN SP, em 2022, com realização de estudos e pesquisas para entender essas frentes e criar soluções que possam contemplá-las.

Além disso, as iniciativas de inclusão em 2022 irão priorizar jovens mulheres e jovens negres, que representam 70% das (os) jovens-potência da maior metrópole do país.

As estratégias estão pautadas sob três escopos, considerando desafios a serem superados para garantir que as juventudes periféricas ocupem seus espaços no ecossistema produtivo: estratégia GOYN no território (por meio de edital, investir em soluções que aproximem os jovens de profissões de futuro; acompanhar e apoiar 18 coletivos de jovens por meio do Micro Fundo para Jovens Inovadores), estratégia GOYN no mercado (atuação junto às empresas para gerar 3 mil oportunidades de empregabilidade e desenhar práticas mais inclusivas ao perfil de jovens-potência; criação de uma agenda de influência por meio da mobilização de C-Levels e entidades de classe) e intervenções “meio” (Ampliar modelo de plataforma de empregabilidade do Digitalis, removendo barreiras na intermediação entre empresas e juventudes), além de atividades transversais para avançar com os pilares do impacto coletivo (formação de lideranças juvenis sobre a temática da inclusão produtiva; realização de estudos, pesquisas e evidências).


ENGAJAMENTO E AMPLIAÇÃO DA REDE

No terceiro momento do Café GOYN SP, os representantes das diferentes instituições participantes se dividiram em salas para dialogar sobre as ações de cada escopo (território, mercado e “meio”), levantando dúvidas, além de colocarem suas expectativas, suas “dores” e compartilhar o que suas organizações têm a oferecer para que as estratégias sejam implementadas de forma coletiva e colaborativa.

Para formalizar a cooperação mútua, todos preencheram um formulário especificando seus interesses e formas de participação na rede GOYN SP. Tal engajamento é um grande passo para a realização de objetivos comuns pela inclusão produtiva das juventudes em um contexto pós pandemia, repleto de obstáculos, mas, ao mesmo tempo, recheado de oportunidades e soluções concretas que se tornarão possíveis a partir de uma atuação embasada na metodologia do impacto coletivo.

O 1º Café GOYN SP foi o ponto de partida para avanços e ações que farão a diferença no ecossistema produtivo da cidade de São Paulo, tornando-o mais inclusivo e amigável às juventudes periféricas.


Sua organização também pode aderir a este movimento. Venha para o GOYN SP e faça a diferença!

Como incluir a criança na rotina da família

Uma das novas realidades é que as crianças estão passando mais tempo em casa. Enquanto as mães, pais e cuidadores estão ocupados com o trabalho doméstico, o trabalho remoto e os pais, as crianças podem se sentir tristes, estressadas, confusas, assustadas. 

Além disso, é uma valiosa lição de amor ensinar a seu filho que construir uma casa é um esforço conjunto, exigindo contribuições emocionais e ações de todos os membros da família. 

E ao contrário da crença popular, as tarefas domésticas são tediosas, os pequenos se sentem valorizados quando participam ativamente do dia a dia das famílias. Através de dinâmicas lúdicas em casa e do acompanhamento de seus cuidadores, as crianças podem aprender a apoiar as tarefas em casa. É fácil!

  1. O adulto pode selecionar atividades que a criança consegue realizar, de acordo com sua idade, como ajudar a fazer um suco, regar uma planta e alimentar os animais. 
  2. Ele deve convidar a criança para as tarefas de uma forma divertida e lúdica, sem imposições.
     
  3. Durante a execução das tarefas, é importante que o adulto valorize o trabalho da criança e não corrija toda hora o que ela faz.

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Ao mesmo tempo, você está ajudando seu filho a desenvolver habilidades para ser mais independente, resolver desafios e fortalecer os laços entre vocês.


De onde veio esta dica para os pais?

100 famílias com crianças dos 0 aos 6 anos em conjunto com a United Way e a Fundação FEMSA foram acompanhadas durante a pandemia através da plataforma Crescer Aprendendo, com conteúdo e apoio digital na Primeira Infância para contribuir na formação de ambientes saudáveis para o crescimento de meninas e meninos. 

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Como lidar com nãos e birras

A birra, o “não”, especialmente entre 2 e 4 anos, é um exercício para testar os limites e a interação com os pais e faz parte do desenvolvimento infantil. Mas é difícil controlar seu temperamento, como pai ou cuidador, quando as crianças de repente choram ou exigem algo em uma fúria.

Se a criança não sabe quais são as regras de convivência, ela também não saberá como se comportar e a qualquer ação que tiver a reação negativa do adulto, poderá se opor e criar tensões, justamente porque não entende o “não”. Fazer combinados ajuda a estabelecer limites.  

Limites e combinados 

Os combinados ajudam a criança a cooperar com a dinâmica da família, que deve ser exemplo e referência para ela. 

O adulto pode definir um combinado com a criança sobre determinado aspecto que, geralmente, cria tensão entre eles. Por exemplo, quando assistir à TV.  Esse combinado precisa ser compartilhado e explicado para os outros adultos que cuidam da criança, para que entendam por que esse limite é importante e como ajudar a criança a respeitá-lo. 


A criança está irritada. O que fazer?

​​O adulto não deve perder a paciência. Se perder, precisa respirar fundo e pedir desculpas para iniciar um diálogo e acalmar a criança. As desculpas também educam.

Os pais e cuidadores precisam detectar a causa da situação. Você pode gerar uma conversa com seu filho ou filha, perguntando-lhes:

“O que a criança sente – frustração, raiva, medo, cansaço, sonolência, fome…”. 

Para a criança, essas sensações são intensas e ela não sabe, ainda, lidar com elas. Por isso reage se defendendo do que está sentindo, como se dissesse: “Estou com raiva e preciso de ajuda”.

É importante observar a saúde emocional dos pais e das relações familiares, porque a criança é um reflexo de tudo isso. 


De onde veio esta dica para os pais?

100 famílias com crianças dos 0 aos 6 anos em conjunto com a United Way e a Fundação FEMSA foram acompanhadas durante a pandemia através da plataforma Crescer Aprendendo, com conteúdo e apoio digital na Primeira Infância para contribuir na formação de ambientes saudáveis para o crescimento de meninas e meninos. 

Colaboração em tempos de crise: impacto coletivo como estratégia de enfrentamento à pandemia

No último painel do segundo dia do Fórum Brasileiro de Impacto Coletivo, que aconteceu em setembro, lideranças de três instituições compartilharam suas experiências sobre como ações colaborativas em rede podem mitigar os efeitos da pandemia nas populações mais vulneráveis. O evento foi realizado pela United Way Brasil em aliança estratégica com Collective Impact Fórum, Aspen Institute, Global Opportunity Youth Network (GOYN) e Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas). Apoio de disseminação de conhecimento do Instituto Sabin e cooperação da FEMSA e OEI.

A mesa mediada por Ericah Gonçalves, cofundadora da Pappo Consultoria, trouxe experiências bem-sucedidas para o enfrentamento dos desafios causados – ou alargados – pela crise sanitária, social e econômica gerada pela pandemia, em 2020 e 2021.

Compuseram esse diálogo Paula Fabiani, CEO do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento (Idis), Ian Bautista, diretor de engajamento cívico da Greater Milwaukee Foundation e Constanza Gómez Romero, diretora executiva da Colombia Cuida Colombia.

FUNDO EMERGENCIAL PARA A SAÚDE

O Idis reuniu sua equipe, em março de 2020, para pensar em como enfrentar as adversidades que atingiram as populações mais vulneráveis na pandemia, especialmente para fortalecer a área da saúde. A criação de um fundo teve a adesão das organizações Movimento Bem Maior e a plataforma Bsocial, que conseguiram atrair doadores, com aportes diversos. Também contaram com a parceria da Sitawi Finanças do Bem, que organizou toda a parte jurídica e financeira da ação, além da Synergos e do GIFE, que apoiaram a divulgação da iniciativa. 

“Elegemos, por meio de um comitê técnico, 59 hospitais filantrópicos, em regiões mais vulneráveis, um centro de pesquisa e uma organização social para receberem os recursos. O fundo foi desativado depois de pouco mais de 200 dias de seu lançamento, porque percebemos que havíamos cumprido o nosso objetivo para aquele momento da pandemia. Conseguimos atrair mais de 10 mil doadores, recebemos mais de 40 milhões de reais, beneficiando 53 municípios de 25 estados brasileiros. Entregamos 3,7 milhões de equipamentos de proteção individual, 3.621 equipamentos hospitalares e 362 mil testes, além de medicamentos e insumos. Por fim, como resultado de todo esse processo, elaboramos um relatório e um vídeo que explicita o passo a passo de como criar um fundo emergencial, a partir de nossa experiência”, conta Paula, do Idis.

“A gente enfrenta muitos desafios nessa construção coletiva, mas não tenho dúvidas de que é muito mais potente e que nos leva bem mais longe, com impactos sistêmicos e duradouros.”

Paula Fabiani, CEO do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento (Idis)

Para ela, alguns aspectos precisam ser levados em conta para que ações como esta sejam mais assertivas: definir um foco, uma prioridade; criar instrumentos legais para garantir a confiança do doador; elaborar uma estratégia de comunicação robusta, envolvendo diferentes atores que tenham credibilidade e influência junto à opinião pública; e elaborar um relatório completo e detalhado de prestação de contas.


AÇÃO NA PANDEMIA COM FOCO NA QUESTÃO RACIAL

Ian Bautista, da Greater Milwaukee Foundation, compartilhou a experiência do grupo formado na sua cidade que, além de enfrentar os desafios da pandemia, para garantir melhores condições de saúde e bem-estar à população local, focou na questão do racismo, após o assassinato de George Floyd e Jakob, dois negros dos Estados Unidos. As ações de enfrentamento envolveram diferentes atores, desde os que estão nas comunidades, nas organizações sociais, lideranças locais, até os que fazem parte dos governos, com foco na população negra, que é maioria na cidade.

“Nós sabemos que não teremos sucesso na região, a não ser quando garantirmos a igualdade de oportunidades. Por isso, a nossa abordagem é focada na igualdade racial.”

Ian Bautista, da Greater Milwaukee Foundation

“Nosso propósito é alinhar fundos, recursos, produtos e serviços essenciais para vencer os desafios da pandemia, a recessão e a injustiça social, influenciando as políticas públicas. Pessoas de diferentes setores são essenciais na composição da equipe para que possamos alcançar nossos objetivos. Enfrentamos muitos obstáculos até chegar no que somos hoje. O primeiro deles foi conseguir reunir líderes e organizações, especialmente os ligados aos governos. Tínhamos muitas pessoas e instituições querendo doar recursos e serviços, mas faltavam estrutura e logística para recebê-los. Precisamos construir essa estrutura e a confiança no nosso trabalho, questões nas quais continuamos focados. Estivemos por trás dos dois fundos criados pelo governo dos Estados Unidos para apoiar as populações mais pobres”, contou Ian.

O grupo também viabilizou a distribuição de quatro milhões de máscaras e criou um portal para divulgar informações sobre a pandemia, além de postos de trabalho, ajuda financeira e outras questões emergenciais para a população local. Coordenou fundos filantrópicos para a captação de mais de 50 milhões de dólares que serviram como subsídio a ações de enfrentamento à pandemia. O aprendizado dessa primeira etapa foi utilizado na segunda fase de ações, com a estruturação de um projeto junto ao governo federal, o American Rescue Plan Act (Arpa), com o apoio de especialistas em impacto coletivo.


COMBATE À FOME COMO PONTO DE PARTIDA

Na Colômbia, a partir de março de 2020, a população se manteve isolada, em suas casas. Com o tempo, panos vermelhos começaram se serem colocados nas janelas e portas das casas, indicando que aquelas famílias estavam passando fome. Pessoas que têm muita experiência com a área social, desde empresários e mídia a membros de associações, instituições da sociedade civil e cidadãos começaram a se comunicar por meio de grupos de WhatsApp para articular maneiras de ajudar as pessoas e situação vulnerável. Hoje, todos se comunicam em um grupo só, com cerca de 400 membros, que passou a ser chamado de movimento Colombia cuida da Colombia.

Inicialmente unidos para achar soluções de combate à fome, o movimento também se dedica a resolver desafios que foram ampliados pela Covid-19, mas que já eram questões sociais significativas à realidade do País, como a pobreza.

“Os 400 parceiros e milhares de voluntários juntaram forças e conseguiram arrecadar dois milhões de dólares, beneficiando 30 dos 32 estados colombianos, levando alimento à mesa de três milhões de pessoas, por meio de doações, geração de emprego e novos empreendimentos. Levamos educação remota e saúde a lugares que não tinham acesso a esses serviços. Nosso objetivo é cobrir lacunas e, para isso, conversamos com as comunidades e com parceiros para traçar planos conjuntos que solucionem os problemas, construindo agendas locais. Elaboramos sistemas ágeis, como um aplicativo que promove o aproveitamento de alimentos, evitando desperdícios, a fim de suprir a falta de comida em famílias de regiões mais pobres. Conseguimos entregar cinco toneladas de comida em um ano. Atualmente, estamos trabalhando com segurança alimentar, projetos produtivos, soluções para o tratamento de água, geração de energia solar e acesso à internet e à tecnologia”, compartilhou Constanza.

“Quando trabalhamos com parceiros, o que incomoda, aquilo com que não se concorda precisa ser colocado na mesa. Para construir a confiança é importante trazer essas diferenças de maneira aberta e negociar os interesses de forma transparente.” 

Constanza Gómez Romero, diretora executiva da Colombia Cuida da Colombia

Para ela, além de estruturar uma relação de confiança com a comunidade, para que as ações possam ser pensadas horizontalmente, é preciso que se estabeleçam estratégias claras, que partam de uma agenda comum, que se paute em planejamento e na estruturação de grupos de trabalho, que contem com uma coordenação efetiva e com muita paciência e esperança. 


DURANTE TODO FÓRUM BRASILEIRO DE IMPACTO COLABORATIVO, OS PARTICIPANTES FORAM CONVIDADOS A COLABORAR E COMPARTILHAR SUAS REFLEXÕES SOBRE OS TEMAS ABORDADOS NOS PAINÉIS. DURANTE A EXPLANAÇÃO DAS TRÊS LIDERANÇAS FEMININAS, ESTAS FORAM AS PRINCIPAIS EXPRESSÕES REGISTRADAS NO JAMBOARD:

  • A colaboração é fundamental no pós-pandemia
  • A pandemia criou oportunidades para solucionar problemas que já existiam antes dela e que foram ampliados na crise
  • Agenda comum, monitoramento, avaliação e prestação de contas são fundamentais para o processo de impacto coletivo
  • Confiança e relacionamento são essenciais nos processos colaborativos

Assista ao painel, na íntegra

Juventudes fecham 2021 com planos concretos para o futuro

O programa Competências para a Vida, da United Way Brasil, encerra o ano com resultados que ampliam o otimismo e a esperança das novas gerações. Durante 2021, foram 582 jovens impactados pela formação oferecida pelo programa, que envolve diálogos com especialistas e sessões de mentorias, realizadas por colaboradores voluntários das empresas parceiras.

O Competências para a Vida ampliou a abrangência, chegando a 12 cidades de três estados: São Paulo (Campinas, Francisco Morato, Mogi das Cruzes, Monte Mor, São Paulo, Sumaré, Suzano e Valinhos); Pernambuco (Jaboatão dos Guararapes e Recife), Amazonas (Manaus) e Rio de Janeiro (Rio de Janeiro).

“O Competências para a Vida foi muito importante para mim. Consegui me sentir à vontade com os educadores. O curso nos ajuda a manter a calma e acreditar que tudo vai dar certo”

Jovem participante

Cada jovem recebeu cerca de 20 horas de formação. Só no último dos três ciclos realizados em 2021 (encerrado em dezembro), 256 jovens frequentaram as atividades propostas e puderam trabalhar as competências socioemocionais, tendo mais subsídios para desenhar seus projetos de vida, com foco na carreira profissional que querem traçar para si, nos próximos anos. 

Além dos momentos de formação, jovens participantes, em situação mais vulnerável, receberam bolsa digital para acompanhar as conversas e ter acesso a todas as propostas de interação e capacitação, que aconteceram em plataformas virtuais. Outros jovens também puderam contar com cartões-alimentação para mitigar os impactos negativos da pandemia na situação financeira de suas famílias, como Gabriel Barros (foto), jovem de Francisco Morato (SP).


Espaço de acolhimento, aprendizagem e desenvolvimento

A avaliação realizada junto às juventudes que compuseram o ciclo 3 do programa trouxe vários depoimentos que denotam a importância de iniciativas que deem aos jovens possibilidades e caminhos para encontrarem seus lugares na sociedade e no ecossistema produtivo, especialmente nessa fase da pandemia, em que as incertezas ainda prevalecem. Mais do que isso, o programa Competências para a Vida conduz as juventudes, a partir de suas realidades, ao autoconhecimento, estimulando o desenvolvimento das habilidades socioemocionais.

“Ver pessoas contando suas histórias, seus medos e sonhos, como vão fazer para alcançar o que querem da vida, que vamos enfrentar desafios, mas vamos chegar ao nosso objetivo… Foram meses de aprendizado que nunca mais vou esquecer.”

Jovem participante

Ao colocá-los em contato com as experiências dos colaboradores voluntários, por meio das mentorias, os jovens percebem que essas pessoas, que hoje estão em postos de trabalho condizentes com seus sonhos e objetivos, também começaram a carreira profissional em cargos iniciais, tiveram de superar obstáculos e aproveitaram as oportunidades que encontraram pelo caminho para se desenvolverem. 

Essas trocas e identificações mútuas, sobre processos, escolhas, desejos e sonhos, é o grande legado que o programa deixa em cada jovem impactado, para que construa um projeto de vida com bases sólidas e conectadas às suas expectativas de presente e futuro.

“Eu aprendi muitas coisas sobre o mundo do trabalho e melhorei minha comunicação e timidez. Graças ao Competências, já tenho uma ideia do que quero para meu futuro.”

Jovem participante

Conheça o programa Competências para a Vida.


Crescer Aprendendo encerra 2021 com encontro para famílias e webinar para professores e educadores do Ceará

O programa Crescer Aprendendo passou a fortalecer a política pública de primeira infância do Ceará, em 2021, por meio da parceria entre United Way Brasil, Governo do Estado, Fundação Bernard van Leer, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e Porticus.

O programa oferece aos pais e responsáveis por crianças de 0 a 6 anos, em situação de vulnerabilidade social, conteúdos sobre desenvolvimento infantil, elaborados pela equipe técnica, e compartilhados nos grupos de WhatsApp por professores e gestores das creches e escolas de educação infantil que integraram a ação. É a partir desses conteúdos (vídeos, quiz, cards, áudios) que as interações acontecem e os grupos se transformam em uma rede de trocas para fortalecer os adultos no papel de criar seus filhos e suas filhas. É também uma estratégia que aproxima a escola das famílias, estabelecendo vínculos colaborativos mais fortes.

3.675 famílias beneficiadas

102 escolas parceiras

9 municípios impactados

296 gestores, professores e técnicos capacitados na metodologia

Dentre as iniciativas desenvolvidas pelo programa, foi realizado, em dezembro, um encontro temático para encerrar as atividades do programa, por meio de uma plataforma digital gratuita, com o tema “A influência do ambiente na saúde emocional da criança”, intermediado pela psicóloga. Ela deu exemplos de como lares conturbados e relações pouco amigáveis podem interferir no bem-estar físico e mental dos pequenos, assim como interações positivas, espaços seguros e acolhedores são essenciais para o desenvolvimento infantil integral. Também foram sorteados 10 cartões-alimentação entre os participantes, para apoiar a segurança alimentar das crianças.

Estimuladas a compartilhar suas “dores” no chat, as mais de 100 famílias presentes ao encontro interagiram trazendo perguntas e desabafos sobre situações complexas, marcadas, também, pelas incertezas desses tempos. Com o diálogo estabelecido, a partir dessas vivências, os participantes se abriam e opinavam, dando, também, as suas contribuições para ajudar seus pares a enfrentar diferentes desafios parentais.

No final do encontro, as famílias agradeceram a oportunidade de contar com mais um lugar para falarem de si e de suas inseguranças sobre como educar em meio a crises e situações complexas. “Esse tipo de ação pode parecer simples, mas tem um impacto importante na autoestima e autoconfiança desses pais e dessas mães. A maioria se sentia isolada e, a partir das trocas nos grupos e nesse encontro, percebem que não estão sozinhas, podendo ouvir e dizer o que sentem sobre as questões que afetam suas relações com as crianças”, explicou Sofia Rebehy, coordenadora de projetos de primeira infância da United Way Brasil.


Webinar reúne professores e gestores das escolas do Ceará 

Sam Sternin, consultor da Fundação Bernard van Leer

Mais de 100 profissionais das creches e escolas do Ceará, que aderiram ao programa Crescer Aprendendo, aceitaram o convite para participar de uma conversa, em dezembro, com Sam Sternin, graduado em Harvard, com mestrado em Princeton, especialista em mudança de comportamento nos diferentes contextos. O evento foi realizado pela parceria United Way Brasil e Fundação Bernard van Leer, da qual Sam é consultor.

Interativo, o encontro trouxe o tema “Mudança de Comportamento e Primeira Infância”, para debater quais posturas pais, mães e responsáveis assumem diante de diferentes situações e o que elas interferem no comportamento de seus filhos e suas filhas. 

Também ponderou sobre como os conteúdos do programa, a forma de aplicá-los e de interagir para aprofundá-los podem ou não contribuir à mudança de comportamento dos adultos frente à missão de educar suas crianças.

Isso tudo pressupõe, segundo Sam, um passo anterior: identificar as barreiras que impedem esses adultos de exercerem a parentalidade saudável. Esse diagnóstico tem de se dar com base na escuta para que sejam identificas questões reais e não suposições. Também é importante escutar as famílias sobre como se sentem e as expectativas que têm para superar desafios nas relações com as crianças. Construir coletivamente as saídas, os conteúdos de apoio, oferecidos nos grupos de WhatsApp, são outros pontos cruciais que tendem a dar mais credibilidade à didática do programa, promovendo o engajamento e a fidelização das famílias.

“Gostaria de agradecer por esta tarde maravilhosa. ‘Suguei’ conhecimentos que vão modificar minha vida pessoal e profissional. Gratidão a toda equipe envolvida, especialmente ao Sam, que conduziu tão bem este encontro”.

Professora participante

Sam deu pistas concretas de como identificar as barreiras enfrentadas pelos responsáveis e, também, pontuou equívocos frequentes de ações e programas sociais que não promovem a escuta e acabam definindo estratégias e conteúdos que não apoiam as famílias, mas causam certo desconforto ou desmotivação.

Com base em exemplos bem-sucedidos sobre outras experiências que podem enriquecer esse trabalho, Sam ofereceu aos professores e educadores das escolas insights e inspirações para que possam estabelecer uma relação de mais cumplicidade com o público-alvo do Crescer Aprendendo, otimizando os conteúdos e as práticas propostas. Sugestões que podem, também, fortalecer o trabalho que realizam nos espaços educativos, para que, de fato, contribuam ao alcance do objetivo de empoderar as famílias para que sejam protagonistas da educação de seus filhos e filhas, fortalecidas com informações e práticas contextualizadas às suas realidades e necessidades específicas. 

O evento foi uma das ações que o programa realizou com a equipe docente das escolas. Outra iniciativa, no decorrer na execução do programa, foram as reuniões quinzenais de monitoramento com as escolas e pontos focais das Secretarias Municipais de Educação para apresentação de dados do monitoramento e apoio ao trabalho de mediação com as famílias. O objetivo da interação com gestores e professores é fortalecer o acompanhamento de questões específicas das famílias e o possível encaminhamento de suas demandas aos serviços do sistema público de apoio à primeira infância.


A importância do voluntariado… e do LinkedIn

A sessão extra de mentoria, em novembro, para jovens do programa Competências para a Vida foi uma sugestão da Renata Altenfelder, diretora executiva global de Branding da Motorola Mobility, empresa parceira da United Way Brasil. Renata é mentora voluntária e nos encontros com as juventudes percebeu a curiosidade e o interesse dos grupos sobre como usar o LinkedIn. Conhecedora da plataforma, propôs a reunião virtual, ideia aceita pela equipe gestora do programa e que ganhou ampla adesão dos jovens participantes.

Na sala do Google Meet, cerca de 45 jovens, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Francisco Morato, de Valinhos e do Recife, estavam atentos às informações e dicas trazidas por Renata. “O LinkedIn é uma ferramenta virtual que une profissionais e empresas. Saber usá-la faz toda a diferença. Eu mesma consegui um emprego por meio dela, aqui na Motorola”, explicou a mentora voluntária.

Antes, porém, de focar nas questões práticas, Renata trouxe a história dessa plataforma e compartilhou dados sobre ela: “Fundada em 2002, na Califórnia (EUA), tem como objetivo conectar pessoas do mundo todo. Mas não só isso: quer, também, formar profissionais, construir cases de sucesso para que colaboradores e empresas possam crescer. Por isso, oferece cursos de todos os temas e tipos para diferentes áreas do mercado”, explicou.

706 milhões de membros em todo o mundo, entre eles, 40 milhões de brasileiros

50 milhões de empresas estão presentes na rede social

Fonte: Linkedin

Do perfil à postura no ambiente virtual 

Renata mostrou, na tela, o passo a passo para definir o perfil na página, que tipo de foto e informações utilizar, como interagir, de que maneira comentar posts de terceiros, a importância de desenvolver conteúdos – e certificar-se de que estão corretamente escritos e com base em fontes confiáveis –, compartilhar posts de outros, seguir pessoas e empresas de interesse… “O perfil é o seu cartão de visitas. Coloquem informações objetivas sobre vocês. E se não têm experiência profissional ainda, não tem problema. Falem de suas habilidades, de hobbies, do trabalho voluntário que realizam. As empresas querem saber quem vocês são, em 30 segundos”, reforçou.

“Não se esqueçam de que é uma plataforma de trabalho, logo, não usem as mesmas fotos que estão no Instagram ou Facebook. Post uma que te mostre como profissional. Não precisam estar sérios, mas precisam transmitir seriedade. É importante ter foto, porque as chances de as empresas e pessoas te verem é nove vezes maior do que perfis sem foto”, comentou.

A cada dica, perguntas pipocavam na tela e no chat, especialmente sobre como os jovens podem se conectar com colaboradores das empresas em que sonham trabalhar para saber como é o ambiente, as políticas e afins. Renata respondeu a todas, pacientemente, com didática e entusiasmo. 

A rede é dinâmica, por isso, manter o perfil atualizado e com novidades é sempre um diferencial. “Vale também pedir e dar recomendações”, explicou, navegando na plataforma e indicando, na prática, como se faz cada ação de engajamento e interação. Renata também mostrou como chegar aos anúncios de vagas de emprego, seguindo páginas de empresas de recrutamento e as próprias companhias de interesse. 

“Usem e abusem do Learning, a área de cursos do LinkedIn. São formações gratuitas, rápidas e fazem a diferença no currículo”, aconselhou Renata.


“Tenho interesse em curso sobre engenharia”, comentou um dos jovens participantes. Renata entrou na área de cursos relacionada a essa carreira e várias subáreas foram surgindo: engenharia de produção, ambiental, civil, eletrônica… Os comentários ao fundo indicavam a surpresa dos jovens: “Nossa! Quanta coisa!”; “Puxa, eu não sabia que era assim”; “Caramba! Que interessante!”

Mais do que aprender sobre uma ferramenta tão ampla e cheia de possibilidades como esta, os participantes do programa também puderam perceber o valor da dedicação de Renata. Ela quis compartilhar o que sabia, afinal, ela mesma usufruiu da plataforma e está onde está hoje graças às conversas que travou com um profissional do RH da empresa, a partir de uma vaga que viu anunciada no LK. 

Trocas, dedicação, motivação… Habilidades da mentora voluntária que os jovens também podem desenvolver e que farão toda a diferença em suas carreiras, sobretudo, em suas vidas pessoais. 

A sua empresa também pode apoiar o programa e mobilizar seus colaboradores para que sejam mentores voluntários e apoiem a construção de projetos de vida das novas gerações do País. Vem com a gente!

Financiamento de iniciativas colaborativas no Brasil

O painel do segundo dia do Fórum apresentou diferentes formas de financiar o impacto coletivo. Representantes de instituições que gerenciam fundos e modelos inovadores para a otimização de recursos compartilharam desafios e oportunidades para potencializar iniciativas sociais colaborativas. O painel compõe o evento realizado em setembro, pela United Way Brasil, em aliança estratégica com Collective Impact Fórum, Aspen Institute, Global Opportunity Youth Network (GOYN) e Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife). Apoio de disseminação de conhecimento do Instituto Sabin e cooperação da FEMSA e OEI.

Natália Leme, responsável por parcerias e programas da Fundação Arymax, mediou o painel sobre financiamento de iniciativas colaborativas, que contou com a participação de Greta Salvi (diretora Brasil da Latimpacto), Marco Gorini (cofundador do Grupo Din4mo) e Leonardo Letelier (fundador e CEO da Sitawi Finanças do Bem).

Durante o diálogo, a mesa explicou as diferentes formas de financiamento e a relação com o conceito de um novo capitalismo que adota o posicionamento empresarial com foca na geração de valor para todas as partes envolvidas (colaboradores, clientes, fornecedores, acionistas, comunidades e meio ambiente). “O setor filantrópico também tem discutido outros modelos de atuação, horizontais e participativos, envolvendo todos os interessados”, explicou a mediadora.

Natália Leme, responsável por parcerias e programas da Fundação Arymax, mediou o painel

Com o surgimento da Covid-19 e seus reflexos negativos nas áreas econômica e social, o terceiro setor se viu diante de um desafio que exigiu rapidez e magnitude das ações, potencializando a criação de redes de colaboração entre diferentes atores, construindo relações de confiança entre executores e investidores.


IMPACTO SOCIOAMBIENTAL PARA TODA LATAM

Com relação à causa do meio ambiente, por exemplo, a Latimpacto se estruturou há um ano e meio, unindo organizações de setores e países diferentes para gerar impacto socioambiental com o objetivo de romper fronteiras setoriais e regionais. Fazem parte da rede os provedores de capital (fundações, institutos, consultorias, universidades, poder público e mercado financeiro), contando, atualmente, com cerca de 100 membros. O trabalho dessa rede tem como base o conceito de venture philantropy, recentemente implementado na América Latina, que une o olhar mais profundo (da filantropia) com a visão estratégica (do mercado financeiro) sobre os desafios socioambientais. 

“A venture philantropy se ancora em três pilares: o financiamento personalizado, que é o entendimento sobre a organização a ser apoiada (em que estágio está, de que precisa, se é uma doação ou um empréstimo, que impacto ela gera) e o investidor que a apoia, para equalizar recursos e ações. O segundo pilar é o apoio não financeiro, complementar ao primeiro, para organizações em estágio inicial. Por fim, a gestão e medição, para apoios de longo prazo, para identificar o nível de impacto causado pela ação da organização”, explicou Greta.


FOCO NA AGENDA 2030

Para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Dyn4mo tem trabalhado para mobilizar capital que acelere o financiamento e cubra o gap de 3,5 trilhões de dólares anuais necessários para financiar a agenda de 2030. “É o desafio da alocação de recursos. Temos de discutir a cultura das priorizações e colocar o impacto como valor. O blended (a combinação de diferentes atores) é uma das ferramentas para avançarmos nessa discussão. Não sairemos do lugar usando as mesmas práticas, por isso, além da inovação, precisamos de seis posturas que podem mudar o jogo: persistência, paciência, convergência, resiliência, coerência e consistência”, definiu Marco, da Dyn4mo, que complementou: “Ou a gente senta, como sociedade, para compor com todos os atores a fim de que priorizem a agenda 2030 – e o blended entra aí como uma possibilidade dentre tantas – ou não vamos conseguir atingir os ODS.” Para ele, um ator é essencial nessa mobilização: as plataformas de investimento coletivo, que podem mexer o ponteiro no ponto de vista da cultura e da colaboração para repensar as prioridades na hora de definir onde distribuir os recursos.

“Ou a gente senta, como sociedade, para compor com todos os atores a fim de que priorizem a agenda 2030 – e o blended entra aí como uma possibilidade dentre tantas – ou não vamos conseguir atingir os ODS.

MARCO GORIni, do grupo din4mo


INVESTIMENTOS COM RETORNO

As organizações que promovem impacto coletivo, sejam elas com objetivo ou não de lucro, podem tomar e devolver capital se ele for ofertado de uma maneira articulada, pensando em prazo, taxas de juros, garantia e flexibilidades. Foi essa linha de pensamento que deu origem a Sitawi Finanças do Bem, que hoje faz o papel de mediador para organizar, estruturar e dar uma voz mais consolidada aos grupos que querem apresentar seus projetos para financiadores, por exemplo.

A Sitawi tem três áreas de atuação:

  • A primeira se chama área de desenvolvimento de impacto, que começou com empréstimos para as organizações sociais focadas em gerar impacto socioambiental, e depois migrou para uma plataforma de empréstimo coletivo, retornando aos investidores seu capital, com juros.
  • A segunda é uma área de gestão de fundos filantrópicos para viabilizar iniciativas sociais que nascem de doadores, de movimentos e coletivos que, por exemplo, não possuem CNPJ para receber o capital.
  • Por fim, atuamos com o desenho e a implementação de programas de desenvolvimento territorial, captando recursos para suas causas, como acontece com um projeto na Amazônia”, explicou Leonardo.

O painel abriu um leque de possibilidades e confirmou a necessidade de se valorizar fundos, plataformas e captações de recursos coletivos que possam responder rapidamente a iniciativas que tragam respostas eficientes a problemas complexos.

Assista ao painel, na íntegra:

DURANTE TODO FÓRUM BRASILEIRO DE IMPACTO COLABORATIVO, OS PARTICIPANTES FORAM CONVIDADOS A COLABORAR E COMPARTILHAR SUAS REFLEXÕES SOBRE OS TEMAS ABORDADOS NOS PAINÉIS. DURANTE A EXPLANAÇÃO DAS TRÊS LIDERANÇAS FEMININAS, ESTAS FORAM AS PRINCIPAIS EXPRESSÕES REGISTRADAS NO JAMBOARD:

  • Fundos filantrópicos ganham relevância quando temos coletivos de ambos os lados
  • Medição de impacto é superimportante para acompanhar o sucesso do investimento
  • O diálogo deve permanecer ao longo de todo o processo para garantir valor para todos os envolvidos
  • Todo o ambiente influencia os mecanismos: regras, cultura, mecanismos, estabilidade política etc.
  • Não é falta de mecanismo, de investimento, mas, sim, a cultura vigente. Precisamos repensar as variáveis de investimento, onde o impacto passa a ter um valor muito maior

Os próximos anos do GOYN SP: a urgência da agenda da inclusão produtiva

Na última parte dos painéis, Daniela Saraiva, Líder do GOYN SP, compartilhou os principais objetivos e metas do movimento para os próximos dois anos. “A gente vai seguir fortalecendo o território. Isso foi o que começamos a fazer e tivemos muitos impeditivos para estar presencialmente nos territórios. Então o GOYN SP vai fomentar editais de apoio, não só o Micro Fundo, mas apoio a organizações que estão nos territórios para continuar dando a melhor formação ao jovem, uma formação que esteja próxima ao mercado”, contou. 

O trabalho junto às empresas também será enfatizado, para que elas entendam que não são apenas a porta de entrada das juventudes no mercado produtivo, mas, também, possuem o importante papel de trabalhar a diversidade, a equidade e a inclusão por meio dessa agenda. 

Fortalecer a liderança dos jovens é outro propósito do movimento. “O jovem tem demandado isso e vimos os dados da participação pública e política. Então a gente precisa fortalecer essa voz, garantir esse espaço para que eles sejam protagonistas da agenda da inclusão produtiva”, reforçou.

Para cumprir estes e outros propósitos, é preciso multiplicar, ampliar a rede de parceiros do GOYN SP. Na mensagem final, Daniela Redondo, do Instituto Coca-Cola, empresa que compõe o comitê gestor do GOYN SP, convidou outras empresas e instituições a entrarem para o movimento.


“Quando a gente, como empresa, coloca esse olhar intencional na contratação das juventudes, a gente muda a realidade, a gente ajuda o jovem. Não é tão difícil assim, é só dar o primeiro passo. Há ideias articuladas que trouxeram iniciativas incríveis por meio do GOYN SP: diálogos com setor público, com os jovens, protótipos feitos pelos jovens para os jovens. Tudo isso é um arcabouço que fortalece o ecossistema.

Mas a iniciativa privada tem um papel fundamental nesse desafio. Então meu convite é que todos se unam a nós. Uma pauta muito atual é a da diversidade, de raça e gênero. Essa é uma temática importante para a sua empresa. E não tem como falar dela sem falar de jovens. Porque mais de 70% dos jovens-potência são negros e mulheres. As agendas são convergentes e não excludentes. Então fica o meu convite: dê o primeiro passo e junte-se ao movimento!”


O 2º Evento Anual do GOYN SP foi encerrado com a performance do Slam das Minas SP, que lançou, pela primeira vez, a Carta de Princípios e Compromissos do GOYN SP por meio de uma “disputa” poética, emocionando todos os presentes. A carta foi uma construção conjunta do grupo colaborativo.

Clique na imagem abaixo para fazer o download!

Assista à apresentação do Slam das Minas SP:

Lançamento do Guia para Apoiar a Inclusão Produtiva do Jovem-Potência

A conversa sobre a sistematização dos desafios, das oportunidades e das aprendizagens colhidas na implementação dos protótipos pensados coletivamente pelo grupo colaborativo do GOYN SP, foi mediada por Simone André, sócia-fundadora da Transverso Assessoria – que organizou o guia. 

Para trazer esses aspectos, um representante de cada protótipo compartilhou as experiências vivenciadas pelas equipes que se debruçaram no desenho e na implementação de cada iniciativa. André Luiz, do Capão Redondo, bairro de São Paulo, membro da organização Base Colaborativa, parceira do GOYN SP, contou os desafios e as aprendizagens trazidos pela experiência com o Perifa Digital.


“A primeira vivência, o primeiro aprendizado dessa iniciativa é que, quando você vai construir algo para um jovem, você precisa ter o jovem executando, tem que ser de jovem para jovem. O educador que estava levando a cultura digital era um jovem que também vivenciava os contextos periféricos.

Um dos desafios foi a conectividade. Quando fomos para a prática, muitos jovens não conseguiram participar por não ter acesso à internet (…). A molecada pensava em robô, carro voador, mas a cultura digital está presente em tudo na nossa vida. Foi uma experiência muito legal que ainda está no começo e espero que o GOYN SP leve a iniciativa para frente ano que vem”, concluiu.


“A gente se viu revisitando as nossas práticas, introduzindo mais fortemente o digital no desenvolvimento das competências para vida, no desenvolvimento de estratégias formativas com os nossos públicos. Adotamos uma estratégia de apoio psicológico aos jovens a partir de voluntários especialistas nesse campo, formando uma grande rede.

Outro grande ponto foi a questão da diversidade. Quando falamos de narrativa e de conhecimento, precisamos perceber essa pluralidade dos jovens. Isso tem que estar não somente numa estratégia de comunicação, mas, também, quando a gente cria dinâmicas, processos e ambiências, para que eles se percebam representados”, explicou Rosane Santiago, do Cieds, parceira do GOYN SP, sobre o protótipo Trilhando, focado no desenvolvimento de competências para o trabalho e para a vida das juventudes.

Para Lucas Gregório, assistente de projetos no GOYN SP e líder do Micro Fundo para Jovens Inovadores, uma ação que forma líderes e aporta recursos em projetos de jovens da periferia, um desafio é a falta de preparo para o exercício da liderança desses projetos comunitários e dessas ações de incentivos sociais.

“A gente precisa desmistificar algumas coisas para ajudar os jovens a trazer essa aprovação que, primeiro, faça sentido para eles e tem esse lugar dentro do foco territorial, porque não adianta a gente trazer coisas de fora, dos Estados Unidos. A gente precisa falar ali no território sobre o que o jovem pode fazer”, reforçou.

Com relação aos desafios e aprendizagens trazidos pelo protótipo Digitalis, uma plataforma focada em treinar jovens-potência para que eles sejam capacitados e interligados ao mercado de trabalho, Renata S. Oliveira, especialista em cidadania corporativa da empresa Accenture, trouxe a seguinte contribuição: “O processo de construção foi muito rico, porque a gente, além das empresas, tinha acesso a institutos sociais, representantes do poder público, jovens. Isso é muito importante para a gente conseguir construir várias perspectivas diferentes por um bem comum”, ressaltou. 


Foi interessante também porque tivemos a oportunidade de construir o projeto do início ao fim, de pensar desde o público-alvo até o conteúdo que vamos oferecer. Foi uma experiência completa, porque às vezes a gente fica só naquele nosso mundinho de empresa e não abrimos as perspectivas para outros atores, outros stakeholders


“O principal aprendizado que tivemos no protótipo Rede de Empresas foi que, para gerar engajamento e ter aprendizagem efetiva, nós precisamos efetivamente conectar o trabalho às oportunidades de formação que nós oferecemos. Nós percebemos isso porque interagimos muito com as empresas e nesse processo de integração vimos que muitos empregadores ainda têm barreiras para contratação de jovens.

Outro trabalho nosso foi a criação da comunidade de práticas do LinkedIn, justamente para oferecer a possibilidade de troca de experiências e compartilhamento de boas práticas que dizem respeito à inclusão produtiva dos jovens”, explicou Helena Schweinberger, da IOS.


Para acessar o guia que sistematiza todos os desafios, oportunidades e aprendizagens dos protótipos, clique na imagem abaixo: