Infância: o início de tudo e de uma sociedade mais justa

Saiba: todo mundo teve infância/Maomé já foi criança/ Arquimedes, Buda, Galileu/ E, também, você e eu

(“Saiba”, de Arnaldo Antunes)

Para celebrar o Dia da Infância, em 24 de agosto, queremos compartilhar com você algumas reflexões. Como você sabe, a primeira infância (0 a 6 anos) é causa prioritária da UWB. E essa escolha não foi por acaso. Acreditamos na importância crucial dos primeiros anos de vida para a formação do ser humano, com base em inúmeras evidências científicas. Em síntese, o que experimentamos e presenciamos nos seis primeiros anos de vida influenciam – e muito – o adulto que nos tornamos.

É interessante observar que a maioria das pessoas se sensibiliza diante de um bebê, de uma criança. O coração é preenchido de ternura, de esperança quando convivemos com os pequenos. No entanto, a realidade social brasileira não reflete esse sentimento, que deveria proteger e garantir a cada criança, independentemente de sua condição, o direito a se desenvolver plenamente.

Há 20,6 milhões de crianças de 0 a 6 anos no Brasil, mas 42% da população, que convive com crianças nessa faixa etária, vive em domicílios sem saneamento básico completo, ou seja, com rede de água, de esgoto e coleta de lixo; 15,1% não têm rede de água e 35,7% não têm rede de esgoto (Pnad 2017 – IBGE).

Mais de 18 milhões de crianças e adolescentes (34,3% do total da população) moram em domicílios com renda per capita insuficiente para adquirir cesta básica de bens; 61% vivem na pobreza (Pobreza na infância e Adolescência, Unicef).

Só em 2018 foram notificados mais de 30 mil casos de violência contra crianças de 0 a 4 anos, segundo o Datapedia.info.

Diante desses índices, que são alguns exemplos de um desafio bem maior, ficam as perguntas: o que estamos fazendo para que essa realidade mude? Como esse cenário vai impactar a sustentabilidade social e o futuro das novas gerações de brasileiros? Se você se incomodou com o que leu até aqui, talvez tenha interesse em fazer diferente e apoiar ações que tragam mudanças e avanços para a vida de crianças em situação de vulnerabilidade social.

Soluções colaborativas para gerar impacto social

Na UWB, trabalhamos em rede. No caso da primeira infância, ao lado do poder público (secretarias de educação e escolas), de empresas e de organizações da sociedade civil, implementamos o Programa Crescer Aprendendo, cujo diferencial é cuidar de quem cuida, ou seja, oferecer a mães, pais e responsáveis pela criança um suporte formativo e psicológico a fim de que possam conduzir a educação e os cuidados com os pequenos com mais propriedade. Também articulamos com parceiros apoio à segurança alimentar, já que a pobreza, alargada pela pandemia, trouxe a fome com ela.

Outra frente de atuação é com foco nas corporações para que ofereçam aos seus colaboradores, com filhos e netos na primeira infância, benefícios que impactem positivamente a parentalidade e favoreçam ambientes e vínculos saudáveis para o convívio familiar. Por isso, mantemos a plataforma Guia de Primeira Infância para Empresas, com mais de 600 ações implementadas por companhias de diferentes portes e áreas, para que outras se inspirem e, também, adotem políticas de primeira infância em suas plantas e escritórios. Uma oportunidade e tanto para a sua empresa fazer a diferença.

Quem cuida da criança cuida de uma geração inteira, fortalecendo a sociedade para que possa avançar com mais equidade e oportunidades dignas a todos os adultos do futuro que, hoje, ainda estão engatinhando, começando a falar, escrevendo as primeiras palavras, descobrindo o mundo.

No Dia da Infância, e em qualquer tempo, você pode homenagear a criança que você foi e apoiar tantas outras para que acessem o direito ao pleno desenvolvimento. Entre para a Rede de Anjos da UWB. Juntos vamos fazer muito mais pela primeira infância brasileira: https://uwb.esolidar.com/pt