Neste mês, ouvimos Fábio Cornibert, economista, empresário e consultor em finanças e gestão. Ele contou para a gente como é ser voluntário da United Way, servindo diretamente a organização que, por sua vez, beneficia inúmeras comunidades.
Quando o assunto é voluntariado, muitas pessoas associam a atividade a iniciativas de campo, como palestrar em escolas ou visitar asilos. Para muitos, a falta de habilidade para lidar com o público, fatores emocionais e indisponibilidade de tempo são as barreiras mais comuns que minam o desejo de voluntariar. A boa notícia é que é possível atuar como voluntário, colocando suas habilidades a serviço de organizações ou simplesmente contribuindo financeiramente e, consequentemente, ajudar a comunidade.
Como você conheceu a United Way Brasil?
Iniciei as atividades com a United Way em meados de 2005, quando o então presidente da P&G convidou a Johnson & Johnson a participar da organização. Iniciei como conselheiro, participando das reuniões do Conselho Deliberativo, no qual estou até hoje.
De que forma você atua?
Fiz atividades de voluntariado ajudando na seleção dos candidatos das mentorias, especialmente por meio da identificação das competências técnicas necessárias para a atuação nas diversas mentorias, bem como instruindo os jovens no IVP – Investir Vale a Pena e algumas ações pontuais nas comunidades. Em 2008, propus ao presidente do conselho da UWB elaborar o plano estratégico da organização e coordenei com a equipe a elaboração de um diagnóstico e do planejamento estratégico. Depois de aprovado pelo Conselho, o plano foi implementado por meio de uma série de ações, incluindo concepção de veículos de comunicação, ferramentas de gestão, projetos e captação de recursos. Posteriormente, fui convidado a ocupar a posição de diretor executivo da UWB, na qual fiquei até o início de 2010. Fui convidado também pela United Way International a participar de um time global para apresentar proposta do que poderia ser feito para que ela se tornasse uma ONG global. O projeto foi apresentado no final de 2009 ao corpo diretivo mundial. Devido à necessidade de dedicação integral, decidimos contratar um executivo profissional no início de 2010.Voltei ao Conselho e nele estou até hoje, atuando no apoio da área financeira, contábil e na elaboração do novo planejamento estratégico. Quando se faz necessário, também vou a campo, atuando como mentor do projeto Investir Vale a Pena.
Existe então uma demanda por voluntários que atuem nas ONGs?
Sem dúvida. Conheço pessoalmente duas formas de atuar como voluntário: investindo tempo em uma atividade junto à comunidade ou ajudando uma causa. As instituições sem fins lucrativos dependem de apoio financeiro e de recursos humanos para defenderem e implementarem os seus interesses sociais, uma vez que o Estado não consegue atender a todas as demandas existentes. As possibilidades são inúmeras e sempre há espaço para ajudar. O importante é a consistência e a qualidade da colaboração