“Conhecimento só existe quando é compartilhado.” É nisso que Rodrigo Reis, coordenador da Área Educacional da Terra Viva – Associação de Voluntários da Klabin acredita e tem investido. Além do trabalho desenvolvido na Associação, Rodrigo é fundador da Escola Preparatória da UFABC – Universidade Federal do ABC, um cursinho pré-vestibular idealizado a partir de um desafio acadêmico, que tem oferecido a centenas de jovens estudantes a oportunidade de se prepararem gratuitamente para ingressar no ensino superior.
Como você descobriu seu lado voluntário?
Na verdade, ele foi nascendo naturalmente. No começo, eu ajudava minha mãe com pequenas ações, como a entrega de mantimentos para entidades carentes. Com o passar do tempo, com a fundação da ONG Terra Viva, comecei a me envolver com as campanhas e eventos promovidos. Quando percebi, já estava completamente envolvido com as atividades voluntárias. Atualmente, sou responsável pela estruturação da divisão educacional da Terra Viva. Em parceria com a United Way Brasil, oferecemos treinamentos para pessoas que desejam começar a dar aulas e iniciamos uma turma do Investir Vale a Pena aos sábados.
E o curso pré-vestibular?
O cursinho é um grande projeto a partir de uma pequena vontade de fazer a diferença. No meu primeiro ano de faculdade, o departamento acadêmico de extensão abriu inscrições para projetos que pudessem impactar a comunidade do entorno. Assim que vi a divulgação da iniciativa, tive a ideia de criar um curso pré-vestibular para jovens de escolas públicas que não pudessem pagar a mensalidade de um curso particular. Foi então que nasceu a Escola Preparatória da UFABC, instituição que coordeno e na qual dou aulas de Química há quatro anos. Juntamente com outros dois amigos, um professor orientador e o apoio da Universidade, o cursinho mobiliza outros sete coordenadores, além de 80 professores, atendendo anualmente a mais de 400 alunos.
O que o motiva a voluntariar?
Eu tenho duas verdades muito fortes: conhecimento só existe quando é compartilhado e nunca se deve parar de aprender porque conhecimento não ocupa espaço. O que mais me motiva é a possibilidade de mudar o mundo e fazer a diferença na vida das pessoas por meio do que sei fazer de melhor. Sem sombra de dúvida, o olhar de um jovem ou de uma criança durante seu processo de aprendizagem é recompensador, a maior motivação que pode existir. Ele transmite surpresa, esperança, alegria, força e fé em quem está lhe ensinando algo. Isso faz com que eu me sinta responsável pela formação e pela vida de cada um.