No mês de agosto, cerca de 20 jovens assistidos pela ONG Luta pela Paz, por meio da United Way e do Programa Student United Way Brasil – parte das iniciativas de responsabilidade social realizadas pela PwC Rio de Janeiro–, experimentaram a realização de um projeto de desenvolvimento comunitário.
Desde meados de junho deste ano, os jovens participaram de encontros semanais de mentoria nos quais voluntários da PwC-RJ atuaram como consultores e orientadores. Ao longo de 12 semanas, os jovens receberam orientações para a elaboração de projetos de cidadania. Como parte de seu trabalho de conclusão de curso, os alunos foram incentivados a pensar em um projeto que contribuísse para a comunidade onde vivem. A partir da elaboração de um planejamento e da arrecadação de recursos, surgiu o Projeto Cara Nova, iniciativa que teve como foco a melhoria da paisagem de Nova Holanda, uma das comunidades do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
O alvo da iniciativa foi a revitalização de muros pichados da comunidade, que, com a forçatarefa realizada pelos jovens, muitas cores e grafite, foram transformados em um grande mural de arte de rua. Ao longo do dia 17 de agosto, 15 muros da comunidade foram decorados com temáticas diversas, bastante apreciadas pelos moradores.
Para Leiz Rosseto, assistente da área de tributos e um dos coordenadores dos projetos de mentoria da PwC-RJ, a iniciativa despertou nos jovens um potencial até então desconhecido por eles. “Quando os jovens realizam um projeto em prol de sua própria comunidade, o sentimento de orgulho e pertencimento fica ainda mais evidente. Alguns me confidenciaram que, ao olharem para as pinturas que se levantavam nos muros, esqueciam-se dos problemas e das dificuldades enfrentados até então. Eles estavam alegres por perceberem que foram capazes de alcançar tal feito. Foi um momento de descoberta de potencial. Bastava apenas um incentivo.”
Ainda segundo Leiz, outro ponto importante que a iniciativa traz é a reflexão de que é possível realizar melhorias em prol da própria comunidade sem o sentimento de que estão sendo feitas somente para agradar a turistas ou quem a observa externamente. “O trabalho foi feito nos muros do lado de dentro da comunidade, um trabalho integralmente oferecido a seus moradores. Isso agregou valor à iniciativa”, conclui.