Por que Gente que faz?
Todos os projetos começam com pessoas. São as pessoas que se apaixonam por causas, são as pessoas que geram e identificam valores, são as pessoas que engajam seus semelhantes. Ouvir os diferentes pontos de vista de cada um dos atores envolvidos com o trabalho voluntário – os jovens, os professores, as lideranças – é muito enriquecedor. Assim, propomos um espaço que valorize mais o indivíduo em detrimento dos projetos.
O que a levou a trabalhar com responsabilidade social?
Meu envolvimento com responsabilidade social começou meio que por acaso, quando cursava minha graduação em Engenharia de Alimentos. Na faculdade, eu tinha uns amigos que lideravam um projeto social cujo objetivo era evitar o desperdício de alimentos não vendidos, por meio da distribuição a ONGs e famílias pobres. Foi esse projeto que despertou meu interesse por responsabilidade social. Em meados de 1998, entrei para o programa de trainne da fundação Kellogs e fiz um curso no GIFE. A partir de então, passei a entender todo o potencial dessa frente de atuação.
O que mais marcou sua carreira nessa área?
Trabalhar com responsabilidade social me rendeu vários momentos marcantes. Quando comecei minha experiência como trainne, eu não acreditava muito no impacto que os projetos sociais poderiam gerar na vida das pessoas. Até que, um dia, fui ao Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e participei de uma roda de diálogo com as crianças. Ao observar como falavam e desenvolviam sua linha de raciocínio, percebi que elas estavam tendo uma educação diferenciada. Fiquei muito emocionada ao perceber que os projetos sociais estavam, de fato, fazendo diferença na vida delas. Agora, na UWB, também tenho experimentado muitas alegrias ao conviver com pessoas que construíram ou estão construindo histórias riquíssimas. Pessoas que, por causa do conhecimento do idioma inglês, conquistaram um melhor emprego e, consequentemente, conseguiram arcar com os custos de uma faculdade. Pessoas generosas, que lutaram por algo melhor, que transmitem valores, reconhecem por meritocracia e identificam-se com o trabalho voluntário, gerando, assim, um círculo virtuoso. Quando a gente acredita, a mudança é possível. Em que outro lugar eu poderia conviver com gente tão especial e adquirir esse olhar de esperança?