A atuação nos territórios vulneráveis e seus resultados sociais

Um dos pilares do trabalho da United Way Brasil (UWB) é a intervenção territorial para oferecer melhores oportunidades de desenvolvimento e bem-estar ao público alvo.

As intervenções nos territórios, propostas pela UWB, acontecem presencialmente, em realidades previamente mapeadas, onde crianças e jovens não têm as oportunidades de que precisam para se desenvolver integralmente.

Em 2019, na área da primeira infância, por meio do programa Crescer Aprendendo, a organização atuou em 12 creches e 1 escola de educação infantil, na região de Campo Limpo, SP. Ofereceu oficinas aos pais, cuidadores e professores, trabalhando temas relacionados aos primeiros anos de vida: a importância do brincar, os direitos da criança, o papel da família, a alimentação saudável, o comportamento e saúde das crianças.

No final do ano, o programa realizou uma pesquisa para saber quais mudanças o Crescer Aprendendo gerou na visão e no comportamento das famílias com relação às crianças, naquele território.

Os resultados apurados nas famílias foram bastante animadores. Um deles mostrou o aumento significativo do acesso a informações qualificadas sobre primeira infância, como contou o membro de uma família do CEI São Luiz II: “Antes eu achava que do meu jeito estava bom. Daí comecei a acessar os conhecimentos e melhorei.”

Outro avanço perceptível, segundo a avaliação, foi a melhora do diálogo dos cuidadores com as crianças e da qualidade do tempo que passam com elas. A família da CEI Cid Franco confirma essa mudança: “A gente se reúne pelo menos uma vez na semana para brincar: eu, minhas filhas e meu marido. Antes a gente não fazia isso.”

Os itens sobre mais qualidade na alimentação que oferecem e mais paciência para se dedicar às crianças também obtiveram várias respostas positivas, denotando como as famílias estão atentas às necessidades e à escuta dos pequenos.

A parceria com a escola, promovida pelo programa, foi outro aspecto analisado pelas famílias, que a considerou essencial para o desenvolvimento da criança acontecer plenamente, sendo as oficinas reconhecidas como um importante apoio para propiciar o fortalecimento dessa relação, como conta a gestão do CEI Cid Franco: “Os pais mudam, eles se tornam mais próximos, eles passam a nos buscar mais quando surgem dúvidas em relação à criança. Porque quando você aproxima os pais, quando você esclarece, eles se tornam mais próximos, como se fossem um parceiro.”

Educadores e professores também aprovaram as capacitações que receberam, por meio de oficinas. “Foram muito boas as atividades que eu participei. Forneceram um outro olhar sobre a nossa prática, porque muitas vezes vamos fazendo as coisas e esquecemos de refletir. Quando tem essas reflexões, de que a gente precisa do outro, fica melhor o trabalho, mais prazeroso”, reforça a educadora do CEI Umarizal.

A avaliação confirmou que atuar em territórios vulneráveis, respeitando características e necessidades próprias, é uma estratégia eficaz de transformação, porque qualifica relações, visões e comportamentos dos que estão envolvidos com o público alvo das intervenções.

Campanha quer engajar pessoas e empresas nas causas da primeira infância e juventude

A United Way Brasil lança o Relatório de Atividades do primeiro semestre com campanha para ampliar a abrangência de sua atuação junto a crianças e jovens.

O Relatório 2020 – Jan-Jun traz as realizações coletivas empreendidas pela United Way Brasil e seus parceiros, no primeiro semestre.

O destaque são as ações emergenciais de apoio a famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica para o enfrentamento da Covid-19 e a realização da primeira live internacional “Desigualdades e pandemia”, com a participação de Graça Machel, uma das maiores ativistas negras do mundo, e o apresentador, empreendedor e filantropo Luciano Huck.

O documento traz, também, os primeiros resultados do ano dos programas Crescer Aprendendo (focado na primeira infância) e Competências para a Vida (voltado aos jovens), que migraram para o formato digital, respondendo às demandas do distanciamento social, causado pela pandemia. Participantes das iniciativas compartilham, nas páginas do relatório, depoimentos sobre essa nova experiência e os impactos em suas vidas.

Juntos podemos mais

A publicação marca o início de uma campanha de captação de recursos para ampliar o atendimento às famílias e aos jovens nesta fase de ampla crise. Até o final do ano, a expectativa é atender 5 mil famílias com crianças de 0 a 6 anos, por meio do Crescer Aprendendo, e mil jovens que necessitam de apoio para construir seus projetos de vida (Programa Competências para a Vida). 

A campanha, que conta com a parceria de empresas, envolve todo o ecossistema das corporações, com diferentes etapas de sensibilização e conscientização sobre a importância das causas para o enfrentamento das desigualdades sociais.

Peças de comunicação especialmente pensadas para a ação convidam desde os executivos e os colaboradores até a população em geral a participarem da campanha. As peças são disseminadas pelas ferramentas de comunicação interna e externa das corporações e pelas páginas da United Way Brasil nas redes sociais.

Esse amplo movimento tem como objetivo mitigar os efeitos da pandemia nas populações mais suscetíveis. Além da solidariedade, a campanha quer apontar saídas eficazes e competentes para quebrar ciclos de pobreza e formar gerações mais preparadas aos desafios do século 21.

Conheça os avanços alcançados pelas parcerias da United Way Brasil no primeiro semestre, clicando no link do Relatório de Atividades: link

Participe e compartilhe a campanha. Acompanhe nossas redes sociais. Clique e contribua com a nossa meta! Juntos podemos fazer muito mais.

O combate à violência sexual contra crianças e jovens passa pelas empresas

Para muitos, o tema é indigesto. No entanto, é extremamente importante, porque atinge a base de nossa sociedade, comprometendo – e muito – o presente e o futuro de todos nós.

A United Way Brasil tem como foco de suas ações duas fases primordiais da existência humana: primeira infância e juventude. Uma das questões a qual se dedica para apoiar o desenvolvimento integral de crianças e jovens é a garantia de direitos, o que engloba o urgente combate à violência, seja ela física, psicológica ou sexual.

Com relação a esta última, que envolve o abuso e a exploração, ainda existe uma grande resistência da sociedade em olhar para o problema e encará-lo de frente. Precisamos mudar isto. Não podemos aceitar o fato de o Brasil ocupar o segundo lugar no ranking de países com maiores números de exploração sexual infantil (sexo em troca de dinheiro ou de algum benefício).

Dados recentes, pré-pandemia, apontavam que, a cada hora, três crianças ou adolescentes são vítimas de abuso sexual (estupro e comportamentos abusivos dos adultos) no país, no entanto, acredita-se que só um em cada dez casos é reportado, ou seja, os índices são bem maiores.

Com o evento da Covid-19, esses números tendem a crescer. Sem ter a quem recorrer, muitas crianças e muitos jovens acabam convivendo todos os dias, por 24 horas, com os abusadores. Outro aspecto é o maior tempo plugado na internet, que oportuniza a pornografia infantil e a exposição às ameaças de quem está do outro lado da tela.

A falta de empregos e o agravamento da crise econômica impacta em cheio famílias que já sofriam com a escassez de recursos, antes da pandemia. Provavelmente, os casos de exploração sexual vão aumentar – 320 crianças e jovens já eram explorados sexualmente a cada 24 horas, antes do isolamento social. 

A preocupação tem razão de ser. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em Serra Leoa, na África, a epidemia do Ebola, entre 2014 e 2106, elevou sensivelmente os índices de diferentes violações, como o trabalho infantil, o abuso sexual e casamento infantil. 

O papel do empresariado 

Não olhar para o tema elevará o custo social que todos já pagamos por conta da omissão. Os problemas de saúde física e mental causados pela violência, tratados pelo sistema público, inflam os gastos públicos; a violência em todos os níveis só tende a aumentar, já que os abusados, muitas vezes, buscam no álcool e nas drogas algum “conforto” ou são levados a consumi-los pelos abusadores. Outro problema é que meninas e meninos nessa situação acabam por abandonar a escola. Garotas ficam grávidas e muitas vivem sozinhas e precisam sustentar seus filhos. Outra parte delas se junta a um parceiro violento e outra, ainda, entrega a criança para o sistema, que nem sempre consegue cuidar da criança da maneira que ela precisa para se desenvolver plenamente, mesmo investindo uma quantia razoável de recursos públicos para sustentá-la. 

“Costumo dizer que a violência sexual contra a criança e o adolescente é uma ‘epidemia’.  Acabar com ela ainda não é uma demanda social, infelizmente. Sem essa demanda, sem a pressão que a sociedade exerce, as políticas públicas não acontecem. A sociedade precisa entender que abuso e exploração sexual de crianças e jovens perpetua o ciclo da pobreza, afetando a todos, direta ou indiretamente. Acredito que o empresariado é um pilar da sociedade essencial no combate à violência. Existem 2 mil pontos mapeados, nas estradas federais brasileiras, em que a prática da exploração sexual acontece. Quantas empresas têm suas plantas à margem dessas rodovias?”, ressalta Luciana Temer, diretora-presidente do Instituto Liberta

Os focos de exploração sexual são vários, como hotéis, resorts, empreendimentos de construtoras, portos e empresas de transportes. Por isso, a importância de as empresas investirem em recursos e ações para mitigar a violência no entorno de suas sedes e nas comunidades onde atua. “O empresário tem de entender que ele precisa estar lá, porque ele e toda a sociedade pagam essa conta”, reforça Luciana.

Mas como fazer isso? “Por meio da educação, da conscientização. Temos de mudar a cultura permissiva que vê nesse tipo de exploração algo natural, que faz parte. Não é à toa que somos a quarta nação com maiores números de casamento infantil, em pleno século 21”, completa Luciana. 

Para ela, programas e campanhas que apostam na formação das famílias, na educação sexual nas escolas, que empoderam meninas, as principais vítimas, que tratam o tema com a população em geral tendem a ser eficientes. “Precisamos vencer preconceitos e acabar com o silêncio da sociedade diante de tamanho absurdo. As empresas podem investir na formação de seus colaboradores, da comunidade do entorno onde crianças e jovens vivem”, finaliza Luciana.

A United Way Brasil acredita no impacto coletivo, ou seja, que várias mentes e mãos se unam para combater um problema social com soluções inovadoras e eficientes a cada público a que se destinam. Por meio dos programas Crescer Aprendendo (primeira infância) e Competências para a Vida (juventude) essa atuação conjunta tem acontecido, mas o desafio de vencer a violência sexual é enorme e precisamos de mais aliados. E se a gente se unir?

Novas ações unem organizações e empresas para enfrentar a Covid-19

Iniciativas emergenciais ao enfrentamento do coronavírus, especialmente focadas em famílias em situação de vulnerabilidade social, ganharam fôlego com a adesão de novas empresas, mas é preciso fazer mais.

Desde março, a United Way Brasil (UWB) tem articulado a sua rede de apoiadores para arrecadar recursos destinados a cestas básicas e de produtos de higiene, essenciais à saúde das populações vulneráveis que vivenciam a falta de trabalho (muitas até mesmo antes da pandemia) e o isolamento social. 

Essa mobilização possibilitou a ampliação de beneficiados, atendendo cerca de 10 mil pessoas de 8 estados (SP, RJ, MG, SC, PE, BA, PA, PR). Até junho, 15 empresas, entre associadas e não associadas da UWB, aderiram à campanha: BIC, Dow Brasil, Ecolab, Edwards Lifesciences, Everis, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, General Mills, Lear Corporation, Lilly, Morgan Stanley, O-I, Phoenix Tower, PwC, P&G, Shure Brasil.

Até final 8 de junho, foram confirmados mais de R$ 975 mil arrecadados em recursos. Uma parte desse valor (R$ R$ 301.948 ) vai compor o Fundo Emergencial de Saúde Coronavírus Brasil, organizado pelo Idis, Movimento Bem Maior e BSocial, com o objetivo de fortalecer o sistema público de saúde e as pesquisas para deter o vírus.

O recurso restante está sendo repassado a 22 organizações e movimentos, responsáveis por fazer chegar às famílias as cestas e kits. Existem diferentes formas de participar dessa onda de compromisso social. Cabem às empresas e à United Way Brasil pensarem juntas o formato do apoio emergencial: doação de produtos, de recursos, de serviços, editais etc. As possibilidades são muitas e a UWB se propõe a customizá-las de acordo com o perfil e as demandas de cada corporação.

Com relação aos editais, um exemplo recente foi a iniciativa regional da 3M, no qual a United Way Brasil se inscreveu, com apoio do escritório regional da United Way, sendo contemplada. Por meio dele, até novembro de 2020, 1.600 famílias brasileiras, com crianças de 0 a 6 anos, de 12 municípios de São Paulo, serão beneficiadas com cestas básicas e formação oferecida pelo programa Crescer Aprendendo.

A partir dessa parceria, pais e responsáveis por crianças pequenas receberão, através do WhatsApp, conteúdos diários sobre a importância dos cuidados nos primeiros anos de vida para contribuir ao desenvolvimento integral de seus filhos e filhas, especialmente em tempos de pandemia. 

Sobre a contribuição por meio de produtos, dois exemplos são as doações da P&G e BIC, que somam 261 mil itens. 

A parceria com movimentos, como a @UniãoBrasil (Instagram: @uniaobrorg), que envolve @UniãoSP e @UniãoRJ, e a plataforma aberta Família Apoia Família, iniciada em março, continua e é, também, uma oportunidade de participação da população em geral.

Até o momento, as iniciativas de todas as parcerias formalizadas beneficiaram aproximadamente 10 mil pessoas, considerando cinco pessoas por família apoiada, ao longo de três meses. Mas é preciso avançar.

Mesmo com mudanças previstas nas regras do isolamento social, em muitas cidades, a crise gerada pelo Covid-19 não será vencida no curto prazo, infelizmente, o que exige novas mobilizações. Por isso, empresas que queiram colaborar, podem fazê-lo a qualquer momento. Basta entrar em contato com a equipe da United Way Brasil para que, a quatro mãos, elaborem uma estratégia emergencial para minimizar os impactos históricos que este ano causará, especialmente, às famílias em situação de vulnerabilidade social. Vamos juntos?  Escreva para: anaflavia@uwb.org.br

No Dia Mundial da Saúde, vamos falar de primeira infância

Celebrado em 7 de abril, essa data coincide com a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948. Tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância de manter corpo e mente saudáveis, além de focar em problemas que afetam o bem-estar da população mundial, discutindo prevenções e soluções.

Em tempos tão difíceis como o que a humanidade está vivendo agora, falar da saúde na primeira infância é essencial, já que os pequenos, embora menos afetados pela pandemia causada pelo Covid-19, normalmente são as principais vítimas de doenças que, por conta da falta de prevenção, acabam por impactar negativamente o seu desenvolvimento. Mas, afinal, o que significa ter saúde nos primeiros anos de vida? É cuidar da alimentação? Do crescimento? Do desenvolvimento motor? Das relações e vínculos?

Para conversar conosco sobre este importante tema, convidamos a especialista em saúde na primeira infância, Anna Maria Chiesa, Enfermeira, Professora Associada Sênior da Escola de Enfermagem da USP, Membro do Comitê Científico do Núcleo Ciência pela Infância e Consultora Técnica da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

United Way Brasil – Anna, por que ter uma data que ressalte a importância da saúde da população do mundo?

Anna Chiesa – Celebrar o Dia Mundial da Saúde é sempre muito importante, especialmente no atual momento em que estamos atravessando a pandemia da COVID-19. Primeiramente é preciso pensar que a saúde vai muito além da ausência de doenças, configurando-se em um resultado das formas de exposição aos riscos e processos de proteção, tanto na vida privada como nos ambientes sociais. Inclui o acesso a bens, serviços, informações e, fundamentalmente, aos processos cotidianos de cuidado.

UWB – Mas nos primeiros anos de vida, as crianças estão sempre muito expostas, não é? Dependem de outros para que tenham garantia à saúde. O que tem sido feito por elas?

Anna Chiesa – A primeira infância, período que vai até os seis anos de idade, se caracteriza pela grande dependência de cuidados (alimentação, higiene, interação, proteção, prevenção), que diminui progressivamente à medida que a criança fica mais independente e autônoma. Historicamente, as ações de saúde para a população infantil sempre estiveram mais voltadas para a redução da mortalidade. No Brasil, alcançamos muitos avanços na melhoria do saneamento básico, no acesso às vacinas e programas de prevenção e promoção da saúde (pré-natal e parto seguros, puericultura – as consultas de rotina das crianças menores de dois anos com o pediatra –, incentivo à amamentação, diagnóstico e tratamento das doenças típicas da infância, distribuição de medicamentos, distribuição da caderneta de saúde da criança).

Desde o final dos anos 1990, no entanto, o desafio de garantir a sobrevivência infantil envolveu também a importância de se promover o cuidado amoroso e responsivo para assegurar o pleno desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças.

UWB – Por que essa mudança se deu nos anos 1990?

Anna Chiesa – Porque tivemos várias descobertas das pesquisas e dos estudos da neurociência (que estuda o cérebro, o sistema nervoso e suas funcionalidades) e epigenética (que analisa o que impacta o desenvolvimento das pessoas, como o meio em que vive, a cultura etc.). Eles apontam que, nesse período, também chamado de “janelas de oportunidades”, o bebê até três anos tem potência para realizar um milhão de sinapses neuronais (que ligam os neurônios no cérebro para que ele funcione plenamente) por segundo e até os seis anos a criança já tem 90% do seu potencial cerebral desenvolvido.

UWB – Ou seja, é uma fase única que, se perdida, não volta mais na mesma potência, não é?

Anna Chiesa – Exatamente. Portanto, no Dia Mundial da Saúde, vale lembrar que investir na promoção do desenvolvimento infantil é construir uma sociedade mais justa, com maior igualdade de oportunidades.

A United Way Brasil tem como um de seus campos de atuação a primeira infância, justamente por entender que essa faz é essencial à vida presente e futura de todos os indivíduos. Por isso, implementa o programa Crescer Aprendendo em territórios mais vulneráveis, apoiando as famílias com conhecimento e práticas sobre os primeiros anos de vida para que possam contribuir ativamente ao pleno desenvolvimento de suas crianças.

Desde 2017, o programa benficiou mais de 2 mil famílas de cerca de 15 CEIs/EMEIs.

Apoie a primeira infância com o seu IR

Os primeiros anos de vida são fundamentais para a formação do ser humano. A sua contribuição pode fazer diferença na realidade de muitas crianças.

Está na hora de fazer a declaração do Imposto de Renda, por isso, temos uma sugestão para você: que tal direcionar parte do seu IR a um programa que apoia o desenvolvimento integral de crianças em situação vulnerável?

Doações realizadas ao longo de 2019 chegariam a 6%, mas ainda dá tempo de colaborar! Entre março e abril você pode direcionar até 3% do IRPF 2020 para o programa Crescer Aprendendo, da United Way Brasil, voltado à primeira infância. Existem apenas duas condições para se tornar um doador: ser pessoa física e usar o modelo de declaração completa.

Essa forma de contribuir é pouco conhecida pelo público brasileiro, o que se traduz em baixos números de doações. Segundo dados da Receita Federal, em 2016, por exemplo, dos R$ 8 bilhões destinados às leis de incentivo, apenas R$ 154 milhões foram efetivamente repassados aos projetos sociais. Então, por que não transformar uma obrigação em um ato de cidadania?

Por que doar para um programa voltado à infância?

Uma das áreas de atuação da United Way Brasil (UWB) é a primeira infância (0 a 6 anos) e essa priorização tem razão de ser. Nessa fase, o cérebro humano está apto a fazer um número de sinapses muito maior do que qualquer outro período da existência humana, chegando a 1 milhão de conexões por segundo! Mas, para isso acontecer, é preciso garantir ambientes e relações saudáveis, além de estímulos adequados, especialmente às crianças que vivem em situação de vulnerabilidade social e econômica. Por isso, a UWB desenvolve o programa Crescer Aprendendo, na região de Campo Limpo, em São Paulo, atendendo 2 mil crianças. Mas queremos fazer mais – e você pode nos ajudar!

Além de contar com a seriedade da UWB, que atua em 41 países e territórios há mais de 130 anos, você irá acompanhar os resultados de sua doação, por meio de relatórios de prestação de contas, garantindo transparência em todo o processo.

O passo a passo de como fazer

A doação é simples e rápida. Ao finalizar a sua declaração na versão completa, clique em Resumo da Declaração e em Doações Diretamente na Declaração-ECA. Escolha São Paulo, na seleção do Estado. Tanto CNPJ quanto o valor para doar vão aparecer automaticamente na página. Selecione o valor que quer destinar ao Crescer Aprendendo. Imprima o darf e pague até 30 de abril. Por fim, a parte mais importante: envie o DARF e o comprovante de pagamento para o CONDECA com a mensagem que deixamos neste tutorial, com todos os detalhes da doação: bit.ly/IR-UWB

Agradecemos por ser nosso parceiro na causa da primeira infância!

Dia Viva Unido fortalece Programa Primeira Infância

Contação de histórias, brincadeiras e mãos às obras. Na última sexta-feira, cerca de 130 voluntários de dez organizações participaram de atividades e reformas em dois centros educacionais de São Paulo, durante o Viva Unido, dia de mobilização promovido pela United Way Brasil, ONG que desde 2001 atua pela primeira infância e juventude no Brasil.

Enquanto as crianças mantinham suas rotinas de atividades em sala, os voluntários realizaram um mutirão de reformas e melhorias nas áreas externas dos Centros de Educação Infantil São Luiz II e Parque Fernanda, localizados no Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo.

A partir da metodologia do programa Crescer Aprendendo, desenvolvido desde 2012 no Brasil, os voluntários se dividiram em equipes para criar trilhas e estações de aprendizagem lúdicas, com jogos e brincadeiras, além de pinturas, jardinagem e melhorias nas áreas de lazer das crianças.

Os participantes também participaram de diferentes rodadas de contação de histórias e orientações para a higiene pessoal, aproveitando para conhecerem melhor as crianças beneficiadas com a ação.

“Quando elas saírem das aulas, vão ficar felizes com a escola reformada, com pinturas e novos espaços. As crianças ficam felizes, e fazer um bem para as pessoas é importante”, comentou a voluntária Danielle Pessoa, de 22 anos. “Aqui aprendi mais sobre trabalhar em equipe e conheci mais os colegas”, completou a jovem estagiária da Ecolab, uma das dez organizações parceiras da mobilização.

A iniciativa já acontece há 16 anos e, em 2017, reuniu voluntários de empresas como a P&G, Owens Illinois, Lilly, Lear Corporation, Morgan Stanley, Ecolab, Eastman, Edwards Lifesciences, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e Parthenon.

Após a ação, as famílias das crianças são chamadas para conhecer o resultado do trabalho dos voluntários em encontros entre os dias 2 e 8 de dezembro. Além desses dois Centros de Educação Infantil, existem outros oito que integram o programa e participam dos encontros de formação, momento em que a equipe pedagógica da United Way orienta a família a participar do aprendizado das crianças em seu cotidiano.

“A gente ouve histórias e relatos dos pais sobre como tem mudado sua forma de abordar e acompanhar os filhos, e isso é importante para ver o trabalho de longo prazo na formação dessas crianças e de seus filhos”, conta Gabriella Bighetti, diretora da United Way no Brasil.

O Crescer Aprendendo está beneficiando cerca de 1200 crianças de 10 centros de educação infantil em São Paulo. O desafio atual é ampliar o alcance das ações a partir do próximo ano, chegando às regiões onde as dificuldades de aprendizado são mais acentuadas.

Encontros Presenciais do Programa Crescer Aprendendo

Os encontros presenciais com as famílias das 1000 crianças dos 10 Centros de Educação Infantil, da região do Campo Limpo, na cidade de São Paulo, já começaram e acontecerão, nesta primeira etapa, até dezembro. Eles fazem parte do programa Crescer Aprendendo da United Way Brasil que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento das crianças entre zero a 6 anos, por meio da disponibilização de informação de qualidade, online e presencial, para escolas e suas famílias. Os temas abordados são: gravidez, parto e amamentação, saúde da criança, alimentação e lanche saudável, importância do brincar, comportamento, papel do pai e planeta melhor. Nos encontros, um tema pré escolhido é trabalhado, de forma mais lúdica possível, junto aos familiares da criança e o aplicativo é divulgado para que o acesso as informações ajude a melhorar e potencializar o conhecimento sobre o desenvolvimento integral das crianças. O projeto tem parceria com o Instituto Noa para o aplicativo “Escolas do Bem” e com a J-Pal para o monitoramento e a avaliação. Confira as fotos!

Papai Noel com Morgan Stanley chega mais cedo para as 143 crianças do CEI Jardim Souza, no Campo Limpo!

No dia 9 de dezembro, os voluntários do Morgan Stanley foram ao extremo sul de São Paulo para visitarem os alunos e entregarem presentes em comemoração ao Natal. Foi um momento repleto de alegrias e realização, que com certeza trouxe mais felicidades e sorrisos para o fim de ano dos pequenos. Obrigado a todos os funcionários voluntários que puderam realizar os sonhos destas crianças!

Dia Viva Unido da United Way Brasil reúne 96 voluntários para a melhoria na estrutura dos espaços de brincar de duas escolas do HUB Campo Limpo em comemoração ao Dia do Voluntário

O evento engajou voluntários de diversas empresas parceiras para melhorar a estrutura de espaços físicos de creches e escolas da região do extremo sul de São Paulo.

No dia 2 de dezembro, a United Way Brasil comemorou o Dia Viva Unido com uma grande atividade de voluntariado junto às empresas parceiras. Os mutirões foram feitos nas escolas de educação infantil CEI Jardim São Luiz I e EMEI Wilma Avarenga de Oliveira, ambas na região do Campo Limpo. As ações foram realizadas após a prévia escuta das crianças, executada de forma lúdica por uma pedagoga, onde as crianças têm a oportunidade de expressar seus desejos e sugerir melhorias para o ambiente escolar, de forma a tornar a escola mais atrativa e acolhedora. Confira abaixo algumas atividades realizadas:

CEI JARDIM SÃO LUIZ I – Com a participação de colaboradores da PwC, Lilly, Owens Illinois e professores voluntários, foram realizadas atividades de pintura de jogos no chão, pista de corrida, pintura da fachada, criação de tanque de areia, decoração dos pátios e horta.

EMEI WILMA AVERENGA DE OLIVEIRA – Com a participação dos colaboradores da Eastman, Edwards Lifesciences, Ecolab e P&G, foram executadas atividades de pintura de jogos, pista de corrida, quadra de futebol, pintura tipo “animal print” nas paredes, parede musical e decoração da cantina.

O objetivo do dia é mobilizar empresas e seus colaboradores na celebração do Dia Internacional do Voluntário, engajá-los ao movimento Viva Unido e principalmente realizar atividades que estejam em sinergia com a formação presencial, na temática do brincar, realizada ao longo do ano para os profissionais da educação destas instituições.

O clima do Dia Viva Unido foi de muitas alegrias e emoções, todos trabalharam e se divertiram muito. Teve integração com as crianças e o resultado pôde ser percebido no rostinho delas e na vontade de já sair brincando pela escola. Pena que tiveram que esperar até as tintas secarem!

Como atividade final, Paula Pisaneschi, gerente de projetos e voluntariado da United Way Brasil, pediu a todos que fizessem uma roda e solicitou que cada voluntário, em uma palavra, expressasse o sentimento do dia. E só saíram palavras como amor, entrega, satisfação, alegria, dedicação, felicidade, entre outras!

Realmente acreditamos que podemos melhorar a qualidade da educação e incentivar o bem comum através do voluntariado corporativo, uma prática muito importante para as empresas e que tem ganhado cada vez mais espaço no cenário brasileiro.